Cerca de 514 milhões de euros é o valor que as empresas querem que o Estado pague para saldar as dívidas em atraso. De acordo com a edição desta segunda-feira do Jornal de Negócios, 1400 empresas vêm reforçar o pedido de pagamento imediato da quantia, tendo aderido à iniciativa “Compromisso de Pagamento Pontual” da Confederação Empresarial de Portugal, da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica e da Associação Cristã de Empresários e Gestores.

A quantia diz respeito às dívidas a fornecedores e que já contam com mais de 90 dias, um prazo que as empresas pedem que seja reduzido para menos de um terço – trinta dias. A exigência é feita com base nos valores da Direção-Geral de Orçamento, de onde consta que a ser tida em conta a dívida com mais de três meses do conjunto de toda a Administração Pública, o valor pode ascender aos 613 milhões de euros. Metade são dívidas de Hospitais EPE – Entidades Públicas Empresariais, refere a mesma publicação.

O apelo surge depois de o governo ter anunciado um conjunto de medidas para tornar mais rápida o pagamento por parte da Administração Pública e pelo Portugal 2020, procurando reduzir o prazo para as 30 dias exigidas pelas empresas. Na última quarta-feira, o primeiro-ministro dizia que o Governo está a fazer “um grande esforço para fazer esses pagamentos”.

A “Pagamentos pontuais” é uma iniciativa que procura substituir um “ciclo vicioso” de atrasos nos pagamentos em Portugal, quer por parte do Estado, como também das próprias empresas do tecido económico.

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