A Groundforce Portugal anunciou esta quarta-feira que vai prolongar o período de lay-off até 1 de junho, devido à crise económica provocada pela pandemia de Covid-19, por considerar que ainda não estão reunidas as condições para retomar as operações.

Em comunicado, a empresa refere que o mês de maio “continuará a ser muito complexo”, uma vez que não são esperados “mais do que cerca de 800 movimentos”, na sequência das interdições do espaço aéreo.

Por esse motivo, a Groundforce vai manter o trabalho “reduzido a 5%” e prolongar o período de lay-off, ao qual aderiu em 3 de abril, durante mais 30 dias, para “manutenção de todos os postos de trabalho”.

A empresa de handling, responsável por operações terrestres em aeroportos, refere que os funcionários já foram informados sobre a prorrogação deste regime, no qual estão inseridos 2.385 trabalhadores, segundo a nota divulgada.

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A Groundforce acrescenta que 311 trabalhadores vão continuar “nas operações em cada aeroporto, ao serviço, fora do lay-off e sem redução de salário”.

as chefias operacionais e os diretores da empresa “ficarão em 20% de redução do período normal de trabalho”, enquanto os administradores executivos vão manter uma redução de 30% da remuneração.

O lay-off simplificado é uma das medidas de resposta à crise provocada pela pandemia da Covid-19.

Os trabalhadores têm direito a receber dois terços da sua remuneração normal ilíquida com limites mínimo de 635 euros e máximo de 1.905 euros, sendo o valor financiado em 70% pela Segurança Social e em 30% pela empresa.

Podem ter acesso as empresas em situação de crise empresarial comprovada devido ao encerramento total ou parcial por determinação legislativa ou administrativa, ou devido à interrupção das cadeias de abastecimento globais ou da suspensão ou cancelamento de encomendas.

Também podem aderir ao apoio as empresas com quebra de pelo menos 40% da faturação nos 30 dias anteriores, com referência à média mensal dos dois meses anteriores a esse período, ou face ao período homólogo do ano anterior ou, para quem tenha iniciado a atividade há menos de 12 meses, à média desse período.

A nível global, de acordo com um balanço feito pela France-Presse, a pandemia já provocou mais de 217 mil mortos e infetou mais de 3,1 milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Cerca de 860 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 973 pessoas das 24.505 confirmadas como infetadas, e há 1.470 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

O “Grande Confinamento” levou o Fundo Monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.

Para Portugal, o FMI prevê uma recessão de 8% e uma taxa de desemprego de 13,9% em 2020.