Liga de Clubes, Federação Portuguesa de Futebol e Direção-Geral da Saúde têm mantido reuniões ou contactos informais no sentido de fechar algumas pastas ainda aberto depois do anúncio do governo de permitir que o futebol regresse para as últimas dez jornadas da Primeira Liga, sendo que em alguns desses encontros são protagonistas apenas uma ou duas das entidades tendo em conta o assunto em causa. E hoje deverão sair mais decisões.

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A primeira decisão tem a ver com os estádios onde irão ser realizados os 90 jogos em falta no Campeonato, num período de sete semanas compreendido entre o último fim de semana de maio/primeiros dias de junho e 20 de julho (seguindo-se depois a Taça de Portugal). E foi num processo de “afunilamento” que se chegou à decisão que no final deve imperar: só entram estádios do Europeu de 2004, Algarve saiu da equação por questões geográficas, Leiria deixou de ser hipótese pela menor manutenção do recinto e sobram assim duas hipóteses: reduzir o número de recintos a seis ou alargar a oito, sendo que a primeira possibilidade foi ganhando força.

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Assim, é provável que a Primeira Liga fique concentrada em três grandes “polos”, com Luz e Alvalade em Lisboa, Dragão e Bessa no Porto e Municipal de Braga e Dom Afonso Henriques no Minho, estádios que serviriam não só para os jogos das equipas da “casa” mas também para outras equipas que, mediante a região geográfica, seriam distribuídas para fazerem os jogos encontros na condição de visitadas. Aveiro e Coimbra são as outras possibilidades, formando um novo polo ou reforçando os três supracitados. Outro dado importante: se no plano logístico seria melhor ter mais recintos, em termos de segurança é recomendável ser restrito aos indispensáveis.

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Outro ponto que entretanto foi anunciado esta terça-feira diz respeito ao cenário desportivo da Segunda Liga depois do anúncio do final da competição (ao contrário de Espanha): se em termos de subida as vagas serão preenchidas pelos dois primeiros classificados até à interrupção, Nacional e Farense, ficou confirmado que Cova da Piedade e Casa Pia descem mesmo ao Campeonato de Portugal (Arouca e Vizela fazem o trajeto contrário). A reunião da Direção da Liga deixou assim cair por terra a hipótese de haver um alargamento em 2020/21.

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Por fim, a questão dos jogos transmitidos em sinal aberto (pelo menos alguns) levantada também por João Paulo Rebelo, secretário de Estado da Juventude e do Desporto, esta manhã na Antena 1. O assunto ainda não está a ser formalmente discutido, já tinha sido ventilado em reuniões da Liga mas entrará nos próximos dias na agenda e com dois cenários a ter em conta: 1) serem transmitidos jogos na SportTV+, quase que num reforço do apoio às medidas de desconfinamento anunciadas pelo governo; 2) haver um acordo com canais generalistas para haver a transmissão de um jogo por jornada. Além desses, há mais pontos em discussão, nomeadamente os valores que podem estar envolvidos nessas mexidas ou a possibilidade de vender os direitos para países estrangeiros que não tivessem ainda os mesmos, algo que provocou um boom na Bielorrússia, por exemplo.

Notícia atualizada após o anúncio definitivo em relação às subidas e descidas na II Liga