A maioria dos funcionários das plataformas digitais multinacionais Google e Facebook vai continuar em teletrabalho até final do ano, ainda que os escritórios possam abrir no verão, em função da evolução da pandemia de Covid-19.

Sundar Pichai, presidente do conselho de administração da Google e da Alphabet, comunicou a decisão numa assembleia geral realizada na quinta-feira.

As pessoas que poderão regressar aos edifícios a partir de junho ou julho serão a exceção.

A Alphabet, que emprega mais de 100 mil assalariados em todo o mundo, já tinha comunicado em final de abril que o teletrabalho continuaria até 1 de junho, pelo menos, e que o regresso seria “escalonado” e “progressivo”.

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O mesmo se vai passar com o Facebook, que tenciona reabrir os diferentes escritórios a partir de 6 de julho, mas os seus funcionários que o queiram poderão continuar em teletrabalho até 2021.

O Facebook, que emprega 45 mil pessoas, sem contar com os milhares de trabalhadores subcontratados, prevê recrutar mais dez mil para acelerar o desenvolvimento da oferta de produtos e serviços, nomeadamente adaptada ao distanciamento social.

O presidente do conselho de administração do Facebook, Mark Zuckerberg, comunicou no mês passado que o grupo não realizará ajuntamentos com mais de 50 pessoas antes de julho de 2021, na melhor das hipóteses.

Segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou, globalmente, cerca de 269 mil mortos e infetou mais de 3,8 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Os Estados Unidos, onde ficam as sedes da Google e do Facebook, são o país com mais mortos (75.670) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,2 milhões).

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, cidade da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.