As autoridades cipriotas acusaram esta quarta-feira a Turquia de ter recusado acesso ao seu espaço aéreo a um avião fretado por Chipre e que transportava a partir da China 36 toneladas de material médico para o combate ao novo coronavírus.
O ministro dos Transportes cipriota Yiannis Karousos, citado pela agência noticiosa local CNA, afirmou que Ancara recusou fornecer ao piloto do avião autorização de sobrevoo no território turco.
“O piloto (…) dirige-se de momento para o aeroporto de Moscovo na Rússia para (…) reabastecimento”, disse.
O ministro precisou que o avião, proveniente da China, foi forçado a aterrar na Rússia por não ter combustível suficiente para alcançar a ilha mediterrânica por um outro trajeto.
Chipre fretou este avião para designadamente se abastecer de máscaras cirúrgicas e luvas de proteção.
A República de Chipre, Estado-membro da União Europeia e que apenas controla dois terços da ilha desde a invasão em 1974 da parte norte pela Turquia, regista oficialmente 905 casos do novo coronavírus e 17 mortes.
A autoproclamada República Turca de Chipre do Norte (RTCN), apenas reconhecida por Ancara, indica oficialmente 108 casos de infeção e quatro mortes.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros cipriota foi informado do incidente e vai emitir um protesto diplomático oficial, indicou Karousos.
As autoridades cipriotas emitem protestos regulares dirigidos à Turquia, que acusam de impedir o acesso dos navios com pavilhão cipriota aos seus portos e a entrada no seu espaço aéreo dos aviões cipriotas.
A República de Chipre impôs em meados de março um estrito confinamento, com recolher obrigatório noturno, e encerrou o comércio não essencial, medidas que foram recentemente aliviadas.
A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 292 mil mortos e infetou mais de 4,2 milhões de pessoas em 195 países e territórios.
Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (82.389) e mais casos de infeção confirmados (mais de 1,3 milhões).
Seguem-se o Reino Unido (33.186 mortos, cerca de 230 mil casos), Itália (30.911 mortos, mais de 221 mil casos), Espanha (27.104 mortos, mais de 228 mil casos) e França (26.991 mortos, mais de 178 mil casos).
Por regiões, a Europa soma mais de 159 mil mortos (mais de 1,7 milhões de casos), Estados Unidos e Canadá mais de 87.600 mortos (mais de 1,4 milhões de casos), América Latina e Caribe mais de 23 mil mortos (mais de 402 mil casos), Ásia mais de 11 mil mortos (mais de 316 mil casos), Médio Oriente mais de 7.700 mortos (mais de 2419 mil casos), África mais de 2.400 mortos (quase 70 mil casos) e Oceânia com 126 mortos (mais de 8.300 casos).