Regras de distanciamento, desinfeção das mãos e quadrados desenhados no chão. Desde esta segunda-feira, as escolas primárias francesas têm estado gradualmente a reabrir após um período de oito semanas de confinamento social obrigatório no país. Antes mesmo de entrarem na escola, os alunos recebem indicações dadas pelos professores e as medidas rigorosas têm de ser cumpridas. Nas redes sociais, os internautas comentam a nova realidade “de partir o coração”.

Lionel Top, um jornalista da BFM, decidiu documentar a reabertura de uma escola em Tourcoing. Nas publicações que fez na sua página de Twitter, constatou que as crianças podem brincar juntas, mas têm de cumprir a distância de segurança, implementada com recurso a quadrados desenhados no chão.

“Para respeitar as distâncias, aproveitando o recreio, os professores desenharam quadrados no chão para os pequenos. As crianças brincam, dançam, pulam, riem juntas… mas dentro de cada quadrado”, explicou numa das publicações.

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As imagens partilhadas pelo jornalista têm sido partilhadas em massa e os internautas têm comentado a nova realidade à qual as crianças estarão sujeitas. “Estas imagens partem-me o coração”, pode ler-se num comentário.

“A atmosfera é muito estranha, perturbadora até…”, escreveu Lionel Top, mas “pelo que vimos, as crianças não veem isto como um castigo”, garante.

A reabertura gradual, no entanto, tem sido controversa. Para alguns pais, as precauções tomadas são suficientes, mas outros optaram por manter os filhos em casa, tal como aconteceu numa escola em Meyzieu, nos arredores de Lyon, onde cerca de dois terços dos pais optaram por não levar os filhos à escola, escreve a Euronews.

Nesta escola, os alunos já compreenderam que não podem jogar à bola e não se podem tocar. Para os professores, também há mudanças: têm de garantir que tanto os alunos presentes na escola como os que ficam em casa recebem acompanhamento.

“Os professores que deram aulas virtuais durante o confinamento vão continuar a fazê-lo na sala de aula para os alunos que ficam em casa”, disse Isabelle Luçon, diretora da escola, à Euronews.