O PSD exigiu esta quinta-feira ao Governo que garanta que todos os alunos do 11.º e 12.º anos que vão regressar às aulas presenciais na segunda-feira vão ter transporte para chegar às escolas e em condições de segurança.

Numa pergunta entregue no parlamento e dirigida ao Ministério da Educação, os deputados do PSD apontam para alertas de várias entidades, desde operadoras a municípios, de que “existe a possibilidade de centenas de alunos do 11.º e 12.º anos ficarem sem transporte no regresso às escolas na próxima segunda-feira”.

A abrupta redução da procura levou muitas operadoras a suspender toda a atividade e outras mantêm serviços mínimos, deixando vastas regiões suburbanas e do interior do país sem uma resposta capaz para os estudantes”, referem.

O PSD salienta que o fundamento para a retoma presencial das atividades letivas destes alunos foi a necessidade de os alunos realizarem exames nacionais de acesso ao ensino superior, “razão que perde sentido se muitos não conseguirem chegar à escola por inexistência de um serviço adequado de transporte escolar”.

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Nas perguntas dirigidas a Tiago Brandão Rodrigues, os deputados sociais-democratas perguntam ao ministro se dispõe de um “levantamento exaustivo de todas as situações onde o transporte de alunos corre o risco de não se efetuar”.

“Está em posição de garantir que o acesso às aulas presenciais se fará de forma equitativa para todos os alunos do 11.º e 12º anos? Quais as medidas que foram adotadas para salvaguardar a justiça e equidade a todos os alunos que terão de realizar exame e que venham a ficar impedidos de assistir às aulas por inexistência de meios de transporte?”, questionam ainda.

Os deputados do PSD querem ainda saber se, nos casos em que o transporte dos alunos está assegurado, “está garantido o cumprimento das recomendações da Direção Geral da Saúde”.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 294 mil mortos e infetou mais de 4,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Em Portugal, morreram 1.175 pessoas das 28.132 confirmadas como infetadas, e há 3.182 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.