O ator francês Michel Piccoli, protagonista, entre outros, de “Vou para casa”, de Manoel de Oliveira, morreu na semana passada, aos 94 anos, avançou esta segunda-feira a Agência France Presse (AFP).

O ator, a quem a agência de notícias francesa chama “monumento do cinema francês”, morreu “em 12 de maio nos braços da mulher, Ludovine, e dos seus filhos Inord e Missia, após um derrame cerebral”, refere a família de Michel Piccoli, num comunicado citado pela AFP.

Da vasta filmografia de Michel Piccoli fazem parte obras do realizador português Manoel de Oliveira, como “Vou para casa”, “Party” e “Belle Toujours”. Piccoli é também o ator de filmes como “A Bela de Dia” e “O Charme Discreto da Burguesia”, de Luis Buñuel, de Luis Buñuel, “A Grande farra”, de Marco Ferreri, e ” O Desprezo”, de Jean-Luc Godard.

“Linhas de Torres Vedras”, de Valeria Sarmiento, e “Vocês ainda Não Viram Nada”, de Alain Resnais, estão entre os seus derradeiros trabalhos no cinema.

Paulo Branco lamenta morte de “grande amigo” e “monstro” do cinema

O produtor português Paulo Branco lamentou esta segunda-feira a morte do ator francês Michel Piccoli, na semana passada, aos 94 anos, um “grande amigo”, que apelida de “‘monstro’ do cinema”.

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É com imensa tristeza que lamento a morte de Michel Piccoli, esse ‘monstro’ do cinema, esse ator único. Acima de tudo, partiu um grande amigo. Uma pessoa com quem partilhei a amizade, algumas discussões, muitos risos e uma grande doçura, durante muito tempo. Vai fazer muita falta”, refere Paulo Branco num comunicado esta segunda-feira divulgado.

Paulo Branco recorda, com “orgulho”, o facto de “ter sido o produtor dos três filmes que fez como realizador”. “E assim ter-lhe dado a possibilidade de mostrar também o seu génio como diretor de cinema”, refere.

O produtor português colaborou com Michel Piccoli, enquanto realizador, em “E então” (1997), “La plane noire” (2001) e “C’est pas tout à fait la vie dont jávais rêvé” (2005).

Paulo Branco colaborou também com Michel Piccoli enquanto ator em “Party” (1996) e “Vou para casa” (2001), de Manoel de Oliveira, “Genealogias de um crime” (1997) e “Aquele dia” (2003), de Raúl Ruiz, e “Linhas de Wellington” (2012) e “Linhas de Torres Vedras (mini-série), de Valeria Sarmiento.