O número de casos confirmados de Covid-19 subiu para 32.700 esta segunda-feira, 1 de junho, depois de terem sido registados mais 200 novos contágios nas últimas 24 horas, de acordo com o relatório da Direção-Geral de Saúde (DGS). O número casos subiu assim em 0,6%, o que significa um abrandamento dos 297 casos (0,9%) registados na véspera. Já o número de mortes mantém-se igual à véspera: 14.
Do relatório divulgado esta segunda-feira ao início da tarde, há vários pontos que demonstram a continuação da mesma tendência das últimas semanas. Destas, destaca-se a situação de Lisboa e Vale do Tejo, que concentra a grande parte dos novos casos, ao mesmo tempo que outras regiões do país continuam sem um acréscimo de casos.
Número total de casos, mortes e recuperados
Nas últimas 24 horas, foram contabilizados mais 14 óbitos por Covid-19 em Portugal, repetindo-se desta forma a cifra da véspera. Assim sendo, o número de mortos causados por esta pandemia em Portugal sobe para 1.424 — o que faz do nosso país o 24º com mais mortes em absoluto no mundo. Tal como neste domingo, o número de mortes subiu na ordem dos 1%.
Quanto aos novos casos, há um notório abrandamento em relação ao boletim anterior: foram agora 200 novos casos, consideravelmente abaixo dos 297. Esta diminuição não anula, como destacamos nos pontos mais à frente, as dinâmicas instaladas ao longo das últimas semanas na situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal.
No que diz respeito aos recuperados, há um salto considerável nos números: são mais 503, o que representa um aumento de 2,6%, bem acima dos 223 (e 1,2%) da véspera. Esta métrica, porém, é incompleta — já que só nas últimas semanas é que a DGS começou a contabilizar como “recuperados” as pessoas infetadas que ficaram em casa. Mais concreta, é a taxa de letalidade da Covid-19 em Portugal: atualmente, no 4,26%.
Caracterização do número de casos por região e concelho
Entre os 200 novos casos registados nas últimas 24 horas, 193 dizem respeito à região de Lisboa e Vale do Tejo — isto é, 96,5% dos casos dizem respeito à capital e aos seus arredores. Sobram ainda sete casos, que se dividem desta forma: três no Centro, dois no Algarve e dois nos Açores, onde não havia casos desde 8 de maio. No Norte, Alentejo e Madeira não há quaisquer novos casos nas últimas 24 horas.
No caso do Norte, vale a pena sublinhar que este é o primeiro dia em que o boletim não dá conta de qualquer alteração em relação a novos casos na região. A única vez em que houve uma situação semelhante naquela região, que chegou a ter os casos mais preocupantes do país, foi a 26 de maio. Nesse dia, foi feito um acerto estatístico e o número de casos diminuiu em 2.
Sem surpresa, os concelhos que registam mais casos são todos da região de Lisboa e Vale do Tejo. O concelho de Lisboa tem em si poucos casos — são só 9, bem abaixo dos 35 registados na véspera. Mas os números sobem quando se olha para os concelhos em volta. À cabeça, volta a estar Loures, com 23 novos casos. Segue-se a Amadora (21), Oeiras (11) Cascais (11), Almada (8), Vila Franca de Xira (3), Barreiro (3) e Seixal (1). O concelho de Sintra não registou nenhum novo contágio.
Apesar desta dinâmica instalada, que é a maior parte dos casos estarem na região da capital, é importante ainda realçar que esta segunda-feira foi o dia mais baixo em novos casos em Lisboa e Vale do Tejo numa semana. Na última semana, abaixo dos 200 desta segunda-feira, só os 144 de 25 de maio.
Caracterização dos casos por faixa etária e género
À semelhança dos últimos dias, mantém-se a tendência para a maior parte dos contágios ser nos indivíduos entre os 20 e os 29 anos. Entre os 200 novos casos, 48 dizem respeito a esta faixa etária — isto é, 24% do total. A segunda faixa mais afetada é a dos 30-39 (17,5% dos casos), seguindo-se a dos 60-69 (11,5%), 50-59 (11%), 40-49 (10%), mais de 80 (7%) e só depois os que estão entre os 10-19 e os que têm entre 70-79, cada com 5%.
Quanto à divisão por género, tal como na véspera, as mulheres estão sobrerrepresentadas no que aos novos contágios diz respeito. Dos 200 novos contágios, 118 são mulheres e 82 são homens.
Número de casos internados e nos cuidados intensivos
No que diz respeito aos internamentos, há poucas novidades em relação ao boletim anterior. No que toca a internamentos gerais, há 471 — isto é, menos três do que ontem. Quanto aos internamentos em Unidades de Cuidados Intensivos, mantém-se a cifra do boletim anterior, isto é, 64 pacientes.
Número de casos suspeitos, não confirmados, em vigilância e a aguardar resultados
O número de casos suspeitos subiu em 1.525, estando agora nos 326.278 no total ao longo da pandemia. É importante referir, ainda assim, que os números de confirmados não suspeitos também cresce — e em maior proporção. São mais 1.348 nas últimas 24 horas, o que eleva o total para 291.858. O número de pessoas em vigilância subiu ainda em 34 (27.958 no total, desde o início da pandemia) e há 1.720 pessoas a aguardar resultados, menos 296 do que na véspera.