Numa visita a uma escola no Porto, o líder do PSD disse estar de acordo com a decisão do primeiro-ministro de fazer um plano a longo prazo para a economia, mas diz que o partido não tem “rigorosamente nada a ver” com quem António Costa “encomenda” para o trabalho, desde que, “no momento em que se for conversar sobre essas reformas, o interlocutor do Governo sejam os ministros”. “Se nas reuniões com o Governo o engenheiro Costa e Silva estiver também, não tenho nada contra”, acrescentou.

Quando questionado sobre as declarações de Costa e Silva, que quer “mais Estado” para recuperar a economia do país, Rui Rio diz que ficou “admirado”. “Aquilo que nós precisamos é precisamente de menos Estado, não só na economia, mas no nosso dia a dia e na nossa vida”, sublinhou.

O líder do PSD revelou que o partido vai apresentar esta semana medidas para a recuperação da economia que assentam “muito mais na atividade privada e no crescimento privado do que em mais Estado em cima da economia, mais impostos ou mais despesa pública”.

Rui Rio disse que o partido tem “uma grande elasticidade para apoiar aquilo que o Governo entenda como necessário” mas sublinha que que fará “críticas construtivas” se não estiver de acordo com as medidas apresentadas pelo Governo, acrescentando que “uma oposição pode auxiliar, apontando caminhos alternativos”. “Há muitas formas de fazer posição. A minha nunca é de estar permanentemente no ‘bota abaixo’ e a dizer mal de tudo”, disse.

O presidente do partido social-democrata disse que não vai “aproveitar a fragilidade de um Governo decorrente da crise, agravar as críticas e tentar tirar partido disso”. “Uma coisa é civilizada, a outra é selvagem e selvagem eu não gosto de ser”, sublinhou Rui Rio.

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