O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, considerou esta quinta-feira que os ministros das Finanças da Irlanda e Luxemburgo, bem como a ministra da Economia de Espanha constituem um “excelente” grupo de candidatos à presidência do grupo.
“O período de candidaturas à presidência do Eurogrupo terminou. Nádia Calviño [Espanha], Paschal Donohoe [Irlanda] e Pierre Gramegna [Luxemburgo] apresentaram a sua candidatura. Saúdo calorosamente a sua iniciativa”, afirmou Mário Centeno, numa publicação na rede social Twitter.
O antigo ministro das Finanças de Portugal considerou que este é um “excelente conjunto de candidatos” à presidência do Eurogrupo, o que demonstra a relevância atual do grupo no que se refere a assegurar a estabilidade e prosperidade da zona euro.
Nádia Calviño, Paschal Donohoe e Pierre Gramegna anunciaram esta quinta-feira a sua candidatura ao cargo atualmente ocupado por Mário Centeno, no último dia para a submissão.
O ministro do Luxemburgo, Pierre Gramegna, tornou pública a sua candidatura na rede social Twitter.
“Estou pronto para concorrer à presidência do Eurogrupo. Os desafios de hoje exigem consenso e compromisso entre todos os membros da zona euro, pequenos ou grandes, de norte a sul e de leste a oeste”, lê-se numa publicação de Gramegna.
Já num comunicado publicado no seu site, o ministro irlandês, Paschal Donohoe, considerou que “o presidente do Eurogrupo tem um papel crucial a desempenhar na resposta política às principais questões económicas, onde se inclui impacto da pandemia de Covid-19”, afirmando-se como “um dos ministros das Finanças da União Europeia e membro do Eurogrupo” em exercício há mais tempo.
Também esta quinta-feira o governo espanhol defendeu a candidatura da sua ministra da Economia, Nadia Calviño, à presidência do Eurogrupo.
“A vice-presidente económica do governo, Nadia Calviño, será candidata à presidência do Eurogrupo, um órgão fundamental para a cooperação entre os membros da zona euro e para a construção de uma Europa mais forte e mais unida”, segundo comunicado enviado às redações em Madrid.
A eleição decorrerá na próxima reunião do Eurogrupo, no início de julho.
Para ser eleito, o futuro presidente terá de contar com o apoio de pelo menos 10 dos 19 países da zona Euro e assume o cargo em 13 de julho para um mandato de dois anos e meio.
No início de junho, Mário Centeno abandonou o cargo de ministro das Finanças de Portugal, ficando assim afastada a possibilidade de continuar à frente do Eurogrupo.