O novo filme do realizador Christopher Nolan, “Tenet”, voltou a ter a sua estreia adiada, desta feita para 12 de agosto, anunciou a Warner Bros.

“Optámos por abrir o filme a meio da semana [uma quarta-feira] para permitir às audiências descobrir o filme a seu próprio tempo”, afirmou um porta-voz da produtora de filmes norte-americana, realçando que pretendem que o lançamento se distribua ao longo do tempo, “muito além da norma”.

“Tenet”, inicialmente previsto para 17 de julho e já adiado para 31 desse mês, tem sido apontado como uma das grandes apostas das salas de cinema para atrair o público, depois de meses encerradas devido à pandemia de Covid-19 e num momento em que reabrem com lotação limitada e com as necessárias medidas de prevenção de contágio do novo coronavírus.

A Associação Portuguesa de Defesa de Obras Audiovisuais (FEVIP) deu-o como exemplo de um dos filmes que poderiam ajudar à reabertura e cativar o público.

Segundo a Associated Press, também a reposição em sala de “A Origem”, de Nolan, foi adiada para 31 de julho. Em Portugal, “A Origem” tinha o regresso às salas previsto para o dia 16 de julho, quando a estreia de “Tenet” ainda estava marcada para o final desse mês.

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Segundo um comunicado da NOS enviado no começo da semana, antes da notícia do mais recente adiamento, também no próximo mês voltarão aos cinemas “Dunkirk” e “Interstellar”, do mesmo realizador.

Apesar do novo adiamento de “Tenet”, vários outros estúdios mantêm as estreias para julho, com destaque para “Mulan”, da Disney.

O primeiro trailer do novo filme de Christopher Nolan, protagonizado por John David Washington e Robert Pattinson, foi revelado em dezembro passado, meses antes de toda a indústria cinematográfica ser afetada pela pandemia.

A Covid-19 teve um impacto enorme na indústria cinematográfica, paralisando produções de cinema, levando ao encerramento de salas, ao adiamento de festivais de cinema e à reflexão sobre estratégias de exibição cinematográfica envolvendo, sobretudo, as plataformas de streaming.

As salas portuguesas de cinema, que reabriram a 1 de junho, tiveram, em duas semanas, cerca de 4.600 espectadores, algumas sessões vazias e outras com lotação completa, segundo dados do Instituto do Cinema e do Audiovisual.

Por causa das medidas de contenção da Covid-19, as salas de cinema em Portugal encerraram em março e só puderam reabrir a 1 de junho, mas apenas algumas o fizeram, como foram os casos das salas independentes Cinema Ideal e Nimas em Lisboa, ou cinema Trindade, no Porto, as salas UCI Arrábida, em Vila Nova de Gaia, ou as salas da exibidora Castello Lopes, em Guimarães e Torres Novas.

Antes da Covid-19, a média mensal de assistência nas salas de cinema rondava um milhão de espectadores.