O ator da Broadway Nick Cordero morreu no domingo devido a complicações associadas à Covid-19, depois de passar mais de três meses no hospital, em Los Angeles.
“O meu querido marido faleceu esta manhã. A sua família rodeou-o de amor, cantando e rezando enquanto ele gentilmente deixava esta terra”, escreveu a sua mulher, Amanda Kloots, nas redes sociais, poucos dias depois de anunciar que o ator tinha testado negativo para a Covid-19, mas com graves consequências.
O tratamento de Cordero, de 41 anos, um ator nomeado para um Prémio Tony, tem sido amplamente seguido nos Estados Unidos, já que era uma figura reconhecida no circuito da Broadway e não tinha problemas médicos anteriores, segundo a família.
Esta semana, a sua mulher pormenorizou numa entrevista que o ator teria precisado de um duplo transplante pulmonar para recuperar da doença, o que o levou a entrar em coma e a amputarem-lhe uma perna.
Cordero nasceu no Canadá e mudou-se para Nova Iorque, nos Estados Unidos, para trabalhar como ator de teatro. Em 2014 foi nomeado para um Prémio Tony — os Óscares do teatro — pelo seu papel em “Bullets Over Broadway”. “Rock of Ages”, “Waitress” e “A Bronx Tale: The Musical” são outros espetáculos em que participou. Na televisão participou em produções como “Law & Order: Special Victims Unit” e “Blue Bloods”.
A sua mulher disse não saber como é que Cordero contraiu a doença. “Soubemos que devido à Covid-19 os pulmões de Nick estão gravemente danificados. Parecia que era fumador há 50 anos“, acrescentou durante a entrevista.
A pandemia de Covid-19 já provocou mais de 531 mil mortos e infetou mais de 11,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Em Portugal, morreram 1.614 pessoas das 43.897 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.