Foi finalmente revelada, esta semana, a localização da próxima fábrica da Tesla, que ficará em Austin, no Texas. O anúncio da localização ocorreu em paralelo com a divulgação dos resultados financeiros da marca norte-americana, que teve lucros de 90 milhões de euros no segundo trimestre de 2020, quando a maioria dos rivais perdeu verbas que os obrigaram a recorrer a empréstimos para fazer frente aos problemas gerados pela pandemia. Simultaneamente, a Tesla deverá ser também a única marca que está a construir três fábricas em três continentes distintos, pois a esta no Texas, há que aliar a de Berlim, na Alemanha, e a de Xangai, na China, onde está a nascer um segundo módulo destinado ao Model Y.

Musk descreveu as futuras instalações que vão surgir nos arredores de Austin como um “paraíso ecológico”, termos que não surgem normalmente associados a instalações fabris dedicadas aos automóvel, por serem tradicionalmente ruidosas e poluentes. Mas a Gigafactory do Texas, que vai nascer nas margens do rio Colorado, vai possuir trilhos para passeios a pé e de bicicleta, com pássaros, borboletas e peixes no rio, que estarão disponíveis para os visitantes, uma vez que a fábrica estará aberta ao público.

A descrição até poderá ser capaz de fazer “crescer água na boca” dos ambientalistas, mas a realidade é que a fábrica texana terá que incluir uma estação de estampagem, sempre ruidosa, tal como a de soldadura, além de fundição de alumínio e de aço. A menos que a Tesla recorra a fornecedores externos, nada habitual, uma vez que a sua estratégia passa sempre pela integração total. Vamos ter de esperar para ver.

A Gigafactory do Texas vai concentrar-se na produção da pick-up Cybertruck, para a qual há mais de 250.000 encomendas com sinal, o que significa que os primeiros dois a três anos de fabricação estão garantidos. Paralelamente, Texas vai fabricar o Semi, o tractor eléctrico para camiões tipo semi-reboque, que é a grande aposta da marca para os veículos pesados de mercadorias.

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