Lisboa e Vale do Tejo teve o melhor desempenho dos últimos três meses e os números do país desceram por arrasto, atingindo os 111 casos de infeção por Covid-19 — o valor mais baixo desde 11 de maio (98 casos).

O boletim da Direção-Geral da Saúde indica que na região da capital — que envolve o distrito de Lisboa e uma parte importante dos distritos de Setúbal, Santarém e Leiria — houve apenas 68 casos confirmados nas últimas 24 horas (face aos 101 do dia anterior).

A dinâmica de descida tem sido consistente, tendo esta terça-feira o quarto dia consecutivo de quedas — desde os 253 novos casos no dia 24 de julho (sexta-feira) até aos 68 desta terça-feira (pelo meio, houve 183 casos a 25 julho, 155 casos no dia 26 e 101 casos no dia 27).

O peso destes casos diários no total do país foi de 61,26% esta terça-feira, valor que esteve quase a ser batido a 14 de julho (61,37%), mas que só foi mais baixo a 19 de maio (57,85%). Além desses dois registos, neste trimestre só em duas ocasiões — 23 de maio (68,6%) e 22 de junho (63,3%) — o peso de Lisboa e Vale do Tejo tinha ficado abaixo dos 70%.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A região acumula neste momento 25.617 casos de infeção com Covid-19 desde que começou a pandemia, ou seja, cerca de metade do total (50,8%).

A seguir a Lisboa e Vale do Tejo, mas com larga distância, a região Norte foi a segunda região que mais casos contabilizou no último dia (24), totalizando agora 18.549 desde que começou a pandemia (36,8% do total).

O Centro teve apenas 11 casos, o Alentejo seis e os Açores dois. Já o Sul (pelo segundo dia consecutivo) e a Madeira (quarto dia) não registaram nenhum caso nas últimas 24 horas. Estas cinco regiões acumulam apenas 6.244 casos desde que teve início a pandemia (12,4% do total).

No total, os números do país acabaram beneficiados pela descida em Lisboa e Vale do Tejo. Com 50.410 casos confirmados desde que começou a pandemia, o aumento de casos nas últimas 24 horas (111) face ao total no dia anterior foi de 0,2% em todo o território português. É o aumento mais baixo desde, pelo menos, 26 de abril.

E foram, na verdade, apenas 14 as ocasiões em que o aumento percentual diário se aproximou desse registo — a maioria deles na última quinzena. Todos os restantes dias desde final de abril tiveram aumentos superiores a 0,5%.

Novas mortes têm lugar na região de Lisboa e Vale do Tejo, todas acima dos 60 anos

As três mortes adicionais registadas no boletim deste terça-feira tiveram lugar apenas em Lisboa e Vale do Tejo. E nos últimos sete dias, das 21 mortes identificadas pela Direção-Geral da Saúde como tendo sido provocadas por Covid-19, apenas quatro não foram na região da capital. Houve ainda dois óbitos no Alentejo, um no Norte e outro no Centro.

A lista com todas as mortes desde que teve início a pandemia é, ainda assim, liderada pelo Norte (828), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (591), Centro (252), Alentejo (21), Sul e Açores (ambos com 15). Apenas a Madeira não tem qualquer registo de óbitos por Covid-19.

Em termos de idade, todos dizem respeito a pessoas com mais de 60 anos: um homem que tinha entre 60 e 69 anos; uma mulher na casa dos 70-79 e outra ainda com mais de 80 anos.

Neste momento, 1.156 das 1.722 mortes (67% do total) dizem respeito a pessoas com mais de 80 anos. Outras 332 dizem respeito à faixa etária anterior (70-79), em que morreram 333 pessoas (19%). Ou seja, perto de 9 em cada 10 mortes por Covid-19 são registadas acima dos 70 anos.

Em relação aos casos de internamento, há agora 402 casos, menos 12 do que no boletim de segunda-feira. De acordo com o documento da Direção-Geral da Saúde, há ainda 41 doentes internados em Unidades de Cuidados Intensivos, menos quatro do que no boletim anterior.