O resultado líquido da Impresa caiu 94,9% no primeiro semestre, face a igual período de 2019, para 178,2 mil euros, divulgou esta quinta-feira a dona da SIC.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Impresa refere que os lucros do semestre “atingiram 0,2 milhões de euros, representando uma diminuição de 3,3 milhões de euros face aos primeiros seis meses do ano passado”.

No primeiro semestre de 2019, o resultado líquido da Impresa foi de 3,46 milhões de euros.

No período em análise, as receitas caíram 11,8% para 78,3 milhões de euros e o resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) recuaram 28,1% para 8,3 milhões de euros.

Os custos operacionais diminuíram 9,3% para 70 milhões de euros.

As receitas de publicidade caíram 14,5% para 47,4 milhões de euros, as de subscrição de canais recuaram 6% para 16,5 milhões de euros, enquanto as de IVR [chamadas de valor acrescentado] subiram 6,2% para 6,7 milhões de euros, tal como as de circulação, que evoluíram positivamente 2,8% para 4,9 milhões de euros.

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Nos primeiros seis meses de 2020, verificou-se ainda um aumento de 3% no total das vendas de publicações, nas versões em papel e digital”, refere a Impresa, salientando que receitas de publicidade recuaram devido à pandemia de Covid-19.

As receitas de televisão caíram 10,7% para 67,2 milhões de euros e as de ‘publishing’ recuaram 15,4% para 10,2 milhões de euros, no período em análise.

O EBITDA da televisão diminuiu 27,8% para 8,9 milhões de euros e as de ‘publishing’ registaram uma enorme subida (1430%) para 587 mil euros (no semestre homólogo registou 38 mil euros).

No segmento de ‘publishing’, detalhando por fonte, “as receitas de circulação cresceram 2,8% para cinco milhões de euros, destacando-se, pela positiva, os proveitos relativos à subscrição digital do Express, os quais aumentaram em 41%, em termos homólogos, representando 23% do total das receitas de circulação”.

A aposta no digital “refletiu-se no peso no total das receitas de publicidade e circulação, representando atualmente 22% de proveitos da área do ‘publishing’”.

As Obrigações SIC 2019-2022, admitidas à negociação em mercado regulamentado (Euronext Lisbon), em 10 de julho de 2019, terminaram o primeiro semestre “a transacionar acima do par (102%), tendo oscilado entre os 95% e os 104,99%, durante este período”, refere a Impresa.

“O número médio de obrigações transacionadas em cada sessão do semestre foi de 20.862”, adianta.

Em cumprimento do Plano Estratégico para o triénio 2020-2022, a Impresa complementará as suas atuais atividades com o crescimento para novas plataformas, indo ao encontro de mais e novas audiências e aumentando e diversificando o seu portfolio de conteúdos”, refere a Impresa relativamente às perspetivas.

“Consciente dos novos desafios aportados pela Covid-19 ao contexto nacional e internacional, a Impresa permanecerá focada na geração de receitas, aumento de eficiência operacional e redução do endividamento líquido tendo em vista a progressão de resultados e o decréscimo do rácio dívida líquida/EBITDA”, salienta.

Face à incerteza que esta situação ainda regista, a Impresa continuará a implementar procedimentos para proteger a saúde dos seus trabalhadores, a monitorizar as implicações económicas da Covid-19, e, em particular, a identificação de potenciais fontes de risco para a atividade das suas subsidiárias”, conclui.

Receitas da SIC recuam 11% no 1.º semestre para 67,3 milhões de euros

As receitas da SIC recuaram 11% no primeiro semestre, face a igual período de 2019, para 67,3 milhões de euros, anunciou esta quinta-feira o grupo Impresa.

A SIC atingiu 67,3 milhões de euros de receitas, refletindo uma redução de 11% comparativamente à primeira metade do ano passado”, refere a Impresa, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

As receitas de publicidade da SIC atingiram 42,6 milhões de euros, o que corresponde a “uma diminuição de 13%, como resultado do impacto da pandemia de Covid-19 no mercado publicitário”, adianta o grupo.

As receitas de subscrição geradas pela distribuição dos oito canais da SIC, via cabo e satélite, em Portugal e no estrangeiro, “decresceram 6% no primeiro semestre de 2020, para 16,5 milhões de euros”, refere a Impresa.

Esta quebra deveu-se, sobretudo, à negociação de contratos com operadores internacionais”, explica o grupo, no comunicado.

As receitas de IVR [chamadas de valor acrescentado] cresceram 6,2% para 6,8 milhões de euros.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) recuou 27,8% para 8,9 milhões de euros.

A redução de 7% (equivalente a 4,6 milhões de euros) nos custos operacionais compensou, em parte, a diminuição de receitas (em 8,1 milhões de euros)”, acrescenta.