Depois de um encontro do Opus Dei em Vila Nova de Gaia, seis dos 12 padres presentes testaram positivo para o SARS-CoV-2 e outro ainda aguarda o resultado dos testes, confirmou o organizador do encontro, João Paulo de Campos, à Rádio Observador, depois da notícia avançada pelo Correio da Manhã.

Padres infetados depois de terem estado juntos em retiro da Opus Dei

O encontro terminou no dia 31 de julho e os 12 sacerdotes voltaram à sua atividade normal nas paróquias do Norte e Centro do país. “São padres como eu, têm missas públicas, têm atividades públicas, e tiveram de cancelar tudo isso [depois de saberem que estavam infetados]”, diz João Paulo de Campos.

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O padre garante, no entanto, que os paroquianos que possam ter contactado com os padres infetados estão avisados da situação e as autoridades de saúde estão a acompanhar a situação.

Esta quinta-feira, já tinha sido divulgado, pela SIC Notícias, que três padres da Diocese Viseu estavam infetados — Santiago de Cassurrães, Ferreira de Aves e Viseu. O Correio da Manhã acrescenta ainda que outros dois infetados são de Viana do Castelo e de Famalicão.

Só “quando apareceu o primeiro caso que se complicou” é que os padres foram todos testados, conta o organizador, que não está infetado. João Paulo de Campos confessa que nunca suspeitaram poder estar infetados porque a maioria se mantém assintomática ou com sintomas ligeiros.

João Paulo de Campos garante que foram cumpridas as regras sanitárias recomendadas pela Direção-Geral da Saúde. “À mesa tínhamos uma zona reservada para cada um”, exemplifica o padre.

“A organização também prevê encontros de meia hora, no máximo três quartos de hora, e depois há momentos de descanso, em que as pessoas saem e conversam — têm espaço no jardim”, conta o organizador. O padre diz, no entanto, que não é um retiro, é um “encontro sacerdotal de atualização teológico-pastoral”.

Atualizado às 11h45