O custo da água fornecida pelas empresas privadas chega a ser seis vezes maior do que a água sob gestão municipal, indicam os dados fornecidos pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (Ersar) ao Jornal de Notícias. Aliás, a água concessionada por empresas privadas domina a lista dos concelhos em que este bem essencial é mais caro.

O motivo, indica a Indaqua (uma empresa privada de fornecimento de água sediada em Matosinhos), é “o investimento a efetuar pelo operador no município, os custos da operação, o número de clientes que vão suportar estes mesmos custos, assim como a renda a pagar ao município e a qualidade do serviço”.

Um exemplo indicado ao JN é o de uma família de Santo Tirso/Trofa que paga 265,49 euros por um consumo mensal de 10 metros cúbicos de água. Outra família com o mesmo consumo no Peso da Régua paga apenas 43,20 euros. A primeira recebe a água através de uma empresa privada, a segunda recebe-a através de gestão autárquica.

De acordo com o jornal, 24 dos 25 concelhos portugueses com abastecimento de água mais caro no país no ano passado estão entregues a empresas privadas concessionárias, nomeadamente a Indaqua. Só em Portalegre, o outro concelho da lista, é que a água está sob gestão municipal.

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