Uma equipa de investigadores da Universidade de Hong Kong anunciou o primeiro caso confirmado de reinfeção por coronavírus. Ou seja, o primeiro caso de alguém que já tinha estado infetado, recuperou da doença e voltou a ficar infetado. A notícia é avançada pelo The New York Times, que confirma que um homem de 33 anos foi diagnosticado com a segunda infeção cerca de quatro meses e meio depois de ter sido infetado pela primeira vez.

João Gonçalves, virologista e professor de farmácia da Universidade de Farmácia de Lisboa, afirmou à rádio Observador que “vêm aí mais reinfeções, mas não é um motivo de grande preocupação”. “Não fico surpreendido, é algo que equacionávamos que fosse acontecer, a possibilidade de algumas pessoas possam vir a ser infetadas depois de já terem sido reinfetadas”, adiantou.

[Ouça a entrevista a João Gonçalves no programa Resposta Pronta]

Hong Kong confirma primeiro caso de reinfeção. “Vêm aí mais e não é motivo de alarme”

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Na primeira infeção, o homem teve apenas sintomas ligeiros da doença e agora, quando foi infetado pela segunda vez numa viagem à Europa, não tem tido qualquer sintoma. “Os nosso resultados provam que a segunda infeção é causada por um novo vírus que adquiriu recentemente”, disse Kelvin Kai-Wang To, um microbiologista que faz parte da equipa de investigadores da Universidade de Hong Kong.

Como explica o The New York times, vários médicos têm relatado vários casos de reinfeção nos Estados Unidos da América e noutros lugares. Porém, nenhum desses casos tinha sido ainda confirmado através de “testes rigorosos”.

Sabe-se que coronavírus de constipação comum causam reinfeções em menos de um ano. Mesmo assim, os especialistas esperavam que este novo coronavírus pudesse ser como o SARS e MERS que parecem produzir uma imunidade mais duradoura durante alguns anos.

*Notícia atualizada às 18h57 com informações do virologista João Gonçalves.