A pandemia de Covid-19 está a fazer aumentar o desemprego jovem e, segundo o Público desta segunda-feira, atirou a taxa para valores de há três anos. De acordo com os dados de junho do Instituto Nacional de Estatística (INE), nesse mês havia 81,2 mil jovens sem trabalho, mas que procuravam ativamente emprego e estavam disponíveis para trabalhar — um valor semelhante a alguns meses de 2017 ou mesmo de 2009.

Por outras palavras, um em cada quatro jovens (25,6%) da população ativa entre os 15 e os 24 anos está desempregado. E, em julho, 45 mil jovens até aos 24 anos estavam inscritos nos centros de emprego, mais 58% do que no mesmo mês do ano passado.

Ao jornal, Francisco Madelino, economista e antigo presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), prevê que vá ser difícil uma mudança de panorama no mercado de trabalho, pelo menos, até à primavera do próximo ano.

É que, considera, não só haverá menos ofertas de trabalho por parte das empresas, que estão mais fragilizadas, como poderão ser menos os jovens que procuram emprego, por falta de expectativas ou devido à situação sanitária, que está a bloquear os canais normais de divulgação de ofertas de trabalho.

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