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Aprovado curso de Medicina da Católica. Vai ser o primeiro numa universidade privada em Portugal, deve arrancar em setembro de 2021

Este artigo tem mais de 3 anos

Aprovado o curso, é hora de fazer obras para receber novos alunos, nunca antes de setembro de 2021. Conselho das Escolas Médicas Portuguesas lamenta decisão: "É uma cedência ao poder político".

Novo curso não avança antes de setembro de 2021, garante ao Observador António Medina de Almeida: "Ainda temos de fazer obras e de preparar o edifício"
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Novo curso não avança antes de setembro de 2021, garante ao Observador António Medina de Almeida: "Ainda temos de fazer obras e de preparar o edifício"

Antonio Cotrim/LUSA

Novo curso não avança antes de setembro de 2021, garante ao Observador António Medina de Almeida: "Ainda temos de fazer obras e de preparar o edifício"

Antonio Cotrim/LUSA

Depois de em dezembro do ano passado a proposta ter sido chumbada, a Universidade Católica Portuguesa tornou a insistir e viu agora creditado pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) o projeto do seu curso de Medicina. Irá ser a primeira vez que o curso vai ser ministrado por uma universidade privada em Portugal.

O anúncio foi feito esta terça-feira ao final da noite, via Twitter, por Isabel Capeloa Gil, a reitora da instituição, e confirmado já esta quarta-feira de manhã ao Observador por António Medina de Almeida, o responsável pelo curso. “Um grande dia para o Ensino Superior e para o sistema científico nacional”, congratulou-se Capeloa Gil naquela plataforma.

Apesar do parecer negativo da Ordem dos Médicos, que no ano passado se manifestou publicamente contra a proposta da universidade, a nova proposta entretanto apresentada pela universidade — uma de entre um total de 12 com a mesma pretensão que nos últimos dez anos foram endereçadas à A3ES — foi agora aprovada.

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Medicina na Católica: “Preenchemos todos os requisitos. Estamos prontos para avançar”

“No ano passado, a proposta que nós apresentámos não foi aprovada por preocupações em relação à exequibilidade e à qualidade da proposta. Nós alterámos a proposta, de acordo com as sugestões da Agência da Acreditação e da Ordem dos Médicos, de maneira a que a proposta foi este ano claramente de encontro àquilo que nos foi sugerido, portanto o nosso curso foi aprovado com base na qualidade do curso que nós vamos propor”, disse à Rádio Observador António Medina de Almeida, que se escusou a fazer quaisquer comentários sobre o número de médicos em Portugal e a capacidade do sistema para absorver novos licenciados.

“Isso já não é da nossa competência, é uma competência pós-graduada, do Sistema Nacional de Saúde, da Ordem dos Médicos, dos colégios da especialidade, à qual nós não conseguimos suprir como faculdade. Nós o que queremos fazer é ter um curso de Medicina de elevada qualidade em Portugal de maneira a podermos formar médicos para Portugal e para o mundo, que possam seguir a sua carreira como querem. De resto, é como todos os cursos superiores que nós temos: pode não haver mercado de trabalho mas o importante é que as universidades deem ferramentas aos alunos para poderem prosseguir as carreiras que eles querem.”

Sobre o curso em concreto, o diretor da Faculdade de Medicina da Católica, explicou que vai ser privilegiada uma “metodologia muito centrada no aluno, em que a aprendizagem é feita à base de resolução de problemas” em detrimento de uma “educação passiva”. “A partir do primeiro ano já têm treino clínico e a partir do terceiro já têm contacto com doentes”, acrescentou o responsável pelo curso.

“Os nossos alunos vão estar inseridos nas equipas hospitalares e dos centros de saúde e esta inserção nas equipas vai ser feita com poucos alunos por equipa, de maneira a que possam verdadeiramente participar no dia-a-dia da equipa e não ser somente observadores”, acrescentou.

Entretanto, ao final da manhã, através do Linkedin, Isabel Vaz, CEO do grupo Luz Saúde, anunciou que o Hospital da Luz, em Lisboa, “será o parceiro da Universidade Católica no primeiro curso de medicina privado em Portugal”.

Ouça aqui a a Resposta Pronta de António Medina de Almeida:

“Curso de Medicina da Católica vai ser muito prático com treino clínico logo no primeiro ano”

Ouvido também pela Rádio Observador, Fasto Pinto, reitor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa e presidente do Conselho das Escolas Médicas Portuguesas, lamentou a decisão, que classifica como “uma cedência ao poder político”. Falando em “proletarização da Medicina”, acrescentou ainda que a abertura deste primeiro curso na Universidade Católica vai ter consequências: “O ensino no privado vai prejudicar a qualidade da medicina praticada”.

Pode ouvir a Resposta Pronta de Fausto Pinto aqui:

Conselho de Escolas Médicas: “Ensino no privado vai prejudicar qualidade da medicina praticada”

Ao Público, Alberto Amaral, presidente da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior, explicou entretanto que a autorização, como “é normal sempre que surge um novo curso”,  é válida pelo período inicial de um ano, findo o qual, se cumpridas todas as regras, deverá ser renovada — dessa feita por mais três anos.

Apesar de o jornal avançar que os primeiros alunos de Medicina da Católica poderiam entrar já este ano — como é uma instituição privada e não está sujeita ao concurso nacional de acesso, a universidade pode abrir candidaturas em qualquer momento do ano —, ao Observador António Medina de Almeida garante que antes de setembro de 2021 não haverá alunos de Medicina na Católica. “Temos a autorização, agora ainda temos de fazer obras e de preparar o edifício, este ano é impossível abrir o curso, estamos a 2 de setembro.”

Vagas em Medicina: há falta de médicos em Portugal ou só no SNS? Qual a situação das universidades? Como poderão ser os novos cursos?

Notícia corrigida às 10h15 com a informação de que a aprovação do curso resulta de uma nova proposta e não de um recurso interposto após o chumbo de dezembro de 2019

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