A Organização Mundial de Saúde (OMS) pediu esta segunda-feira 15 mil milhões de dólares para manter em funcionamento o seu plano de em 2021 ter dois mil milhões de doses de uma vacina para a Covid-19 que ainda não existe.

Em conferência de imprensa a partir da sede daquela agência das Nações Unidas, em Genebra, o secretário-geral, Tedros Ghebreyesus, afirmou que é preciso “um aumento significativo dos compromissos políticos e financeiros” dos países do mundo na iniciativa COVAX, que visa conseguir uma distribuição equitativa de vacinas para a Covid-19.

“Não é garantido que qualquer vacina em particular, das que estão em desenvolvimento, funcione. Quantas mais candidatas testarmos, mais hipóteses de conseguir uma que é segura e eficaz”, declarou, indicando que há “quase 200 nas fases clínica e pré-clínica de testagem”.

Tedro Ghebreysus assumiu que “algumas terão sucesso, outras falharão”, enquanto o coordenador da COVAX, Seth Berkley, referiu que “a taxa de insucesso [para vacinas em fase de testes clínicos] é bastante alta” e que cerca de quatro em cinco costumam falhar.

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Para a iniciativa ACT (que visa acelerar a testagem e produção de testes de diagnóstico, terapias e vacinas para a Covid-19), há três mil milhões de dólares com que os países aderentes já se comprometeram, mas o total necessário estimado pela OMS é 38 mil milhões de dólares.

Tedros Ghebreysus afirmou que “15 mil milhões são imediatamente necessários” para manter a funcionar a COVAX, uma iniciativa a que aderiram 64 países considerados como de rendimentos mais elevados (entre os quais Portugal integrado nos 29 da “Equipa Europa” que participam com o impulso da Comissão Europeia). A estes juntam-se 92 países com economias menos robustas.

Para já, em contactos com indústria farmacêutica, estão asseguradas 850 milhões de uma vacina que por enquanto ainda não existe. O dinheiro, quando chegar, servirá para continuar a fazer “acordos formais” com empresas para atingir a meta dos dois mil milhões de doses.