O antigo diretor digital de campanha de Donald Trump, Brad Parscale, foi hospitalizado este domingo depois de uma alegada tentativa de suicídio em casa, avança a CNN. De acordo com o departamento da polícia de Fort Lauderdale, na Florida, a polícia respondeu a uma chamada para uma casa atendendo a um relato de “tentativa de suicídio com arma”.
“Quando os agentes chegaram ao local, falaram com a esposa do suspeito, que os avisou de que o marido estava armado, que tinha acesso a várias armas de fogo dentro de casa, e que estava a ameaçar matar-se”, disse a sargento DeAnna Greenlaw, daquele departamento policial, à imprensa.
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Segundo Greenlaw, os agentes da polícia aproximaram-se do suspeito, que era Brad Parscale, e, “de forma segura, negociaram com ele” que largasse a arma e saísse da casa. O homem foi dessa forma detido, sem ferimentos, e transportado para o hospital. “Ele saiu e arranjamos-lhe ajuda”, disse ainda a chefe da polícia de Fort Lauderdale, Karen Dietrich, à CNN. O facto de haver várias armas em casa e de a mulher ter receio de que Parscale pudesse voltar a tentar magoar-se levou ao internamento ao abrigo de uma lei do estado da Florida que permite aos familiares procurar ajuda de emergência, que inclui a detenção temporária, por questões de saúde mental.
Parscale foi despromovido este verão depois do comício de Donald Trump em Tulsa, Oklahoma. Manteve-se na campanha, mas desde então não tem sido visto na sede de campanha, segundo a CNN. O então diretor de campanha de Trump foi contratado como especialista em digital tendo ajudado o presidente norte-americano a ser eleito em 2016. Em fevereiro de 2018 voltou a ser escolhido para coordenar a campanha para o segundo mandato.
Em 2017, Brad Parscale esteve em Lisboa para a edição da Web Summit, tendo defendido aí a política seguida pelo presidente norte-americano nas redes sociais. Em declarações à imprensa portuguesa, no final da conferência que decorreu no palco central da Web Summit, Parscale disse ser um “fã” da utilização que Trump faz do Twitter. “Acredito que as pessoas querem ouvir os seus líderes e qual é a melhor maneira de o fazerem que não seja com eles a falarem diretamente com as pessoas?”, disse na altura.