Em 24 horas, 2.072 novos casos de contágio do novo coronavírus. Pela primeira vez em Portugal, registaram-se mais de dois mil casos confirmados num só dia, indica o boletim diário divulgado esta quarta-feira pela Direção-Geral de Saúde. São números recorde, cuja gravidade levou a uma alteração da estratégia governamental de combate à pandemia, e que são acompanhados de um aumento de quase 5% dos internamentos hospitalares e, também, do número de casos ativos. Houve, também, mais sete vítimas mortais, um número ainda assim menor do que as 16 da véspera.
Portugal passa pela primeira vez a barreira das duas mil novas infeções: 2.072 nas últimas 24 horas
A maior fatia dos novos casos encontra-se no norte do país, com 1.001 diagnósticos nas últimas 24 horas – mais de 48% do total, segundo a Direção-Geral de Saúde (DGS). Somam-se a estes 802 novos casos em Lisboa e Vale do Tejo, 172 no centro, 47 no Alentejo e 42 no Algarve.
O boletim aponta, também, para 5 novos casos nos Açores e 3 na Madeira. No total, houve já 91.193 casos confirmados, a nível nacional, até ao momento, com a região de Lisboa e Vale do Tejo à cabeça, com 44.788 casos, e depois o norte, com 34.661 infeções confirmadas.
Quanto aos óbitos, as 7 vítimas repartem-se entre 4 em Lisboa e Vale do Tejo e 3 no norte. Essa não é uma informação que conste do boletim, mas a ministra da Saúde indicou que seis desses óbitos ocorreram em hospital e um foi num lar de idosos. Uma das pessoas que morreram tinha 69 anos, outra tinha 70 anos e as restantes tinham mais de 80 anos de idade. A taxa de letalidade, que é de 2,3% em toda a população, é agora de 12,5% nos casos confirmados de infeção em pessoas com mais de 70 anos.
Já morreram 2.117 pessoas em Portugal cuja causa de morte foi associada pelas autoridades de saúde à Covid-19.
O boletim da DGS aponta, também, para mais 41 internamentos em 24 horas, um número que cresce para 957 pessoas hospitalizadas no país. É um total que marca um regresso às piores semanas do mês de maio – e é um número que está a subir há 11 dias consecutivos (eram 668 a 3 de outubro).
Entre essas, 135 doentes estão em cuidados intensivos, mais três do que na véspera.
Os dados apontam para o registo de 446 casos de recuperação, o que faz com que existissem, à meia-noite desta quarta-feira, 34.583 casos ativos em Portugal.
Esse é um número – que sobe quase 5% de um dia para o outro – que se obtém subtraindo ao total de casos até ao momento (91.193) o número de doentes recuperados (54.493) e os óbitos (2.117).
O número de novos casos mais que duplicou no espaço de pouco mais de um mês (a 11 de setembro havia 17.314), o que acontece porque o ritmo de recuperados está a ser largamente ultrapassado pelo aumento de novos casos confirmados, a cada dia.