A Justiça espanhola absolveu esta quarta-feira os dirigentes da polícia regional da Catalunha da acusação de sedição e desobediência feita pelo Ministério Público pelo seu alegado envolvimento na tentativa de independência daquela região em 2017.
A Audiência Nacional, um tribunal que julga este tipo de casos, decidiu que o chefe da polícia regional, Josep Lluis Trapero, a agente Teresa Laplana e os dirigentes políticos regionais Pere Soler e Cesar Puig não tinham apoiado o referendo ilegal de autodeterminação organizado pelo governo independentista da Catalunha na altura.
O Ministério Público tinha acusado os quatro de conspirar com outros políticos separatistas na realização do referendo de 1 de outubro de 2017 e pela sua alegada relutância em ajudar as forças policiais nacionais durante os protestos dos separatistas.
A acusação tinha pedido em janeiro penas de prisão de 10 anos para Trapero, Soler e Puig, e de quatro anos para Laplana.
O tribunal afirma que “não há uma única prova incriminatória que demonstre a concordância dos acusados em agir como um instrumento do movimento separatista”, podendo esta decisão ser ainda objeto de recurso.
No ano passado, o Supremo Tribunal de Espanha condenou 12 políticos separatistas e líderes de organizações independentistas a penas que vão até um máximo de 13 anos de prisão por crimes de sedição e/ou má gestão de fundos públicos no âmbito da tentativa de independência da Catalunha em 2017.