Desde 2015 que todos os fabricantes de automóveis sabem que a gama que comercializam em 2020 não deve superar o limite máximo de 95 g de CO2/km, com multas milionárias previstas para quem infrinja as emissões de dióxido de carbono. Algumas marcas conseguem respeitar esta imposição de Bruxelas (que vai apertar ainda mais em 2025 e em 2030), mas nem todas o fazem, pelo que ou pagam multas ou adquirem créditos de carbono aos construtores que estão abaixo desta fasquia.

A Honda, apesar de ter diminuído a gama que comercializa no Velho Continente, limitando-a a veículos mais pequenos e concentrando-se sempre que possível em motorizações híbridas ou eléctricas, concluiu que vai estar acima dos 95g, pelo que sai muito mais em conta comprar créditos de carbono a uma marca que os possa dispensar.

Segundo a Bloomberg, o fabricante escolhido para esta aquisição de CO2 foi a Tesla, que no início do ano realizou um acordo similar com a FCA. Para os italo-americanos, esta foi a solução encontrada para desenvolver, com mais tempo, a base do novo Fiat 500 eléctrico, que depois irá igualmente utilizar no Centoventi, ainda que a operação tenha custado cerca de 2 mil milhões de dólares, de acordo com informações que chegaram à imprensa.

A Honda não revelou o valor em gramas das emissões de CO2 que esperava ter acima do limite de 95 g para 2020 e, muito menos, a quantia paga à Tesla. Certo é que vai necessitar de um maior número de veículos híbridos plug-in e 100% eléctricos, caso deseje continuar a evitar multas nos próximos anos.

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