O ministro da Saúde de França, Olivier Véran, disse esta terça-feira que se a vacina da Pfizer contra o novo coronavírus for eficaz e segura, a vacinação será gratuita no país e deverá começar no início do próximo ano.

“Se forem validadas, teremos as primeiras vacinas no início do ano”, explicou Véran, em entrevista ao canal BFMTV, acrescentando estar confiante de que a Pfizer e a sua parceira BioNtech transmitirão às agências de saúde todos os dados experimentais “até daqui a três semanas” para serem examinados.

O ministro também lembrou que a Comissão Europeia já fez uma pré-encomenda que implica o equivalente a cerca de 30 milhões de doses para França e que a administração das vacinas será gratuita, assim como os testes de deteção de Covid-19.

Governo não avança com data para reabertura do comércio. Árvores de Natal vão ser postas à venda, mas só no exterior

Olivier Véran escusou-se a avançar com datas para a reabertura do comércio e a comentar informações divulgadas por alguns meios de comunicação, que indicam que o governo está a ponderar a hipótese de manter os bares e restaurantes fechados até meados de janeiro. “Queremos reabrir as lojas em boas condições para não termos de as fechar novamente”, disse, recusando repetidamente apontar datas concretas.

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O ministro da Agricultura, Julien Denormandie, avançou, entretanto, em entrevista à rádio RMC, que vai ser autorizada, a partir da próxima sexta-feira, a venda de árvores de Natal, mas apenas em espaços exteriores.

França está em regime de confinamento domiciliar desde 30 de outubro, devendo a condição durar até, pelo menos, 1 de dezembro, mas o governo já avisou que algumas restrições se manterão além dessa data, continuando a ser obrigatório utilizar documentos de autorização para fazer viagens e mantendo-se o encerramento de bares e restaurantes.

O país contabiliza cerca de 45 mil mortos devido à Covid-19 desde o início da pandemia e, apesar dos indicadores da disseminação do vírus estarem a melhorar no país, o primeiro-ministro indicou, na segunda-feira, a vários líderes religiosos que as celebrações religiosas só devem voltar a ser autorizadas a partir de 1 de dezembro.