O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, defendeu esta quarta-feira que o plano nacional de vacinação contra a Covid-19, que será conhecido na quinta-feira, deve ser “credível, responsável” e deve dar “segurança” aos portugueses.

Em declarações à agência Lusa no final de uma reunião com a Associação dos Deficientes das Forças Armadas, em Lisboa, o líder centrista começou por dizer que “a ausência de uma plano de vacinação é o sinal exterior mais grave de desnorte deste Governo”.

O executivo de António Costa “está numa corrida contra o tempo e que ainda não foi capaz de fazer, por falta de planeamento e de previsão, aquilo que os nossos congéneres internacionais, como a Alemanha, França, Reino Unido, Espanha e a Holanda já fizeram”, afirmou.

Estes atrasos podem custar vidas, e neste momento temos que exigir ao Governo um plano credível, responsável, previsível e que dê segurança aos portugueses, porque nenhum dos países responsáveis está neste momento de braços cruzados à espera de uma decisão global por parte da Europa, só Portugal”, salientou.

Na ótica do presidente do CDS-PP, Portugal deve ser “mais célere e não repetir o absoluto fracasso daquilo que foi a vacinação para a gripe”.

Por isso, os centristas querem saber “com exatidão e com rigor qual é este plano, a previsibilidade, a segurança e as pessoas prioritárias que vão ser destinatárias das vacinas, onde os idosos naturalmente têm que figurar num primeiro lugar”.

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Francisco Rodrigues dos Santos considerou que “é fundamental” perceber “o plano logístico para atribuição e administração das vacinas”, bem como identificar “os grupos alvo prioritários”, e insistiu que “os idosos têm que figurar logo no primeiro lugar”.

Estamos a menos de um mês, e o CDS exige ao Governo respostas concretas, porque um cidadão português não pode ser menos do que um cidadão alemão, francês, espanhol, inglês, e a verdade é que até agora não temos respostas: Como, quanto e quando é que vamos ter vacinas”, acrescentou.

Para o líder do CDS, será “um erro clamoroso, que corre ao arrepio de toda a literatura científica e dos conselhos que vamos ouvindo dos especialistas” se os idosos não forem incluídos nos grupos prioritários para receberem a vacina contra a Covid-19.

Francisco Rodrigues dos Santos apontou igualmente que este tema é mais um exemplo de que o Governo de “não saber gerir crises”, pois “tem muita habilidade comunicacional em tempos de facilidade” mas “é péssimo na adversidade”.

Na terça-feira, em entrevista à rádio Observador, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o plano nacional de vacinação contra a Covid-19 vai ser apresentado na quinta-feira e rejeitou que Portugal esteja atrasado em relação a outros países por considerar que o país está “bem a tempo”.

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António Costa assegurou que Portugal começou a trabalhar neste plano praticamente desde o início da pandemia e que fez a encomenda máxima por cada lote a que tinha direito, estando o plano logístico “a ser montado e a ser trabalhado”.