A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, vai regressar ao trabalho na próxima segunda-feira, depois de cerca de três semanas em casa a recuperar da Covid-19. Em entrevista ao semanário Sol, Graça Freitas diz que se sente “grata” por “a natureza” lhes ter permitido “passar bem” pela infeção, apesar de considerar ser de um grupo de risco já que tem “antecedentes de doença complicados”. Refere que não teve nenhuma complicação e que não infetou ninguém.

Graça Freitas garante que, desde o início da pandemia, foi sempre “extremamente cuidadosa”. “Limitei com uma fita o meu gabinete, passei a comer sozinha também no gabinete, quando muito partilhava com outra pessoa, mas a grande distância”, disse. Apesar dos cuidados “não há risco zero” e a infeção terá ocorrido numa reunião de trabalho, onde estava presente uma pessoa que ainda não tinha sido diagnosticada.

“Estávamos todos com máscara. Uma pessoa estava doente e não sabia”, diz, assegurando que as regras de distanciamento estavam a ser cumpridas, embora admita que “pode não ter havido arejamento suficiente na sala”. “Não sei exatamente como foi, ninguém sabe.”

A diretora-geral da Saúde teve “sempre sintomas ligeiros” e não sentiu “cansaço extremo”, conta ao Sol. “Nunca tive febre, que era algo que estava à espera de ter. E depois os sintomas flutuam, há um dia em que se está bem e outro não. A doença tem esta incerteza de se estar sempre com o temor de piorar. É uma sensação, que do ponto de vista psicológico, causa grande ansiedade”. Diz também que bebeu “muita água, o próprio corpo pedia, apesar de não ter febre”.

Em vésperas de Natal, Graça Freitas apela às pessoas para que tenham “todo o cuidado possível”. E aconselha a que tenham em casa um oxímetro, um aparelho para medir o oxigénio no sangue. “Dá um dado objetivo.”

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