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Ventura recusa “excesso de confiança” e está atento: “Quero votos bem contados”

Este artigo tem mais de 3 anos

O líder do Chega acredita que vai ter mais votos que Marisa, Ana Gomes e João Ferreira juntos, mas assume estar preocupado com a organização das eleições. "Não brinquem com a democracia", exige

"Vamos esmagar a esquerda e forçar uma segunda volta", prometeu Ventura
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"Vamos esmagar a esquerda e forçar uma segunda volta", prometeu Ventura

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

"Vamos esmagar a esquerda e forçar uma segunda volta", prometeu Ventura

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

André Ventura não alimenta “teorias da conspiração”, mas já vai afinando o discurso: “Os votos têm de ser bem contados. Não brinquem com a democracia”. No segundo dia oficial de campanha, o candidato do Chega deixou claro que não aceitará erros no dia das eleições e os primeiros sinais são, segundo Ventura, alarmantes. Há uma “enorme confusão” em relação à recolha de votos e a quem pode ou não votar de forma antecipada, e a conferência de imprensa “bizarra” do ministro da Administração Interna —  que já “não devia estar em funções” — não ajudou.

Seja como for, com ou sem avisos sobre eventuais irregularidades nos votos, André Ventura reiterou o objetivo recentemente assumido de ter mais votos que os três candidatos da esquerda juntos — cenário que nenhuma sondagem até ao momento conseguiu antecipar — e até de forçar uma segunda volta. À margem de uma visita à lota de Portimão, o candidato do Chega recusou qualquer tipo de “excesso de confiança” e voltou a dizer que está pronto para surpreender. “Eles sabem que o resultado vem aí”, disse. Eles: os analistas, os jornalistas, os comentadores e os adversários políticos.

Recebido novamente com protestos — um grupo de cerca de 20 pessoas de etnia cigana empunhavam cartazes onde se lia “André Ventura fascista, André Ventura racista” –, numa ação com cerca de 50 pessoas e muito vigiada pela Polícia Marítima, com sete efetivos no local, o líder e candidato do Chega fez uma visita rápida às instalações da DocaPesca de Portimão e, no final, falou aos jornalistas — visita essa que não teve a presença da comitiva que acompanha Ventura nem da comunicação social por razões sanitárias.

JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

À saída, Ventura criticou as políticas do Governo e a falta de intervenção do Presidente da República na questão das pescas e, em particular, junto dos profissionais do setor que operam na região algarvia. “Temos de ter um plano específico para o Algarve”, exigiu Ventura, falando numa crise económica e social que pode superar os efeitos da Segunda Guerra Mundial.

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A esse propósito, o líder do Chega criticou ainda o Governo por ter antecipado a hipótese de voltar a impor um confinamento geral sem falar com especialistas de saúde. “É um péssimo sinal ao país. Devíamos ter ouvido primeiro os especialistas”, condenou Ventura, sem excluir, ainda assim, a hipótese de subscrever esse confinamento geral. “Se tiver de ser, lamento.”

Pode ouvir aqui a reportagem da Rádio Observador sobre o dia de campanha em Faro:

Ventura em Faro com os (poucos) pescadores, uma manifestação e um recado para a contagem dos votos

“Aqueles que se riram já não estão a rir mais”

De Portimão, a campanha de Ventura seguiu para Faro, onde o candidato do Chega deveria fazer um pequeno comício no coreto da Praça D. Francisco Gomes — acabou por não acontecer porque a candidatura não recebeu autorização do município para utilizar o coreto.

Nada que atrapalhasse muito Ventura. Nem isso, nem o facto de ter sido novamente recebido com gritos de “fascista”. Na bolha do candidato não era preciso fazer um grande esforço para ouvir mimos idênticos como “morte aos ciganos” ou “estamos a ser governados por um indiano e é o indiano que lhes dá o dinheiro”.

Indiferente a esse tipo de manifestações, Ventura fez um discurso de 15 minutos e aproveitou para prometer, uma e outra vez, um “terramoto político” no dia 24 de janeiro. Embalado pela certeza de ser neste momento o terceiro maior partido e certo de que será segundo nas eleições presidenciais, capaz de provocar uma segunda volta, o líder do Chega foi de provocação em provocação.

Aqueles que se riam já não estão a rir mais. Não há gritos nem insultos de minorias ou minorias que nos possam parar. Esta é a revolução da maioria de bem contra a minoria que explora o Estado e os nossos impostos há mais de 45 anos”,”, atirou.

Apesar de centrar grande parte do seu discurso no ataque aos “outros” — a esquerda, os que não trabalham, os que vivem à “nossa” custa, os mesmos de sempre — Ventura não esqueceu, naturalmente, Marcelo Rebelo de Sousa. Em Portimão, o líder do Chega já tinha acusado o candidato-Presidente de estar a fugir da campanha, escondendo-se atrás do fato presidencial.

Sessenta quilómetros depois, André Ventura sugeriu que Marcelo está convencido que ficar “fechado no Palácio de Belém”, a contar com as selfies que tirou durante cinco anos, lhe vai valer a reeleição. Uma reeleição que seria histórica, ao nível de Mário Soares, e que agora, acredita Ventura, pode estar ameaçada. “O homem já só quer que isto acabe, já só ganhar de qualquer maneira”, ironizou Ventura. Ficou a promessa: “Vamos esmagar a esquerda e forçar uma segunda volta”. Será?

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