O Presidente da República considera que é preciso “tentar obter resultados palpáveis no mais curto espaço de tempo possível, não deixando que a pandemia entre, ao nível do patamar existente, em fevereiro e março”.
Na mensagem que deixou na página da Presidência, depois de assinar a renovação do estado de emergência até às 23h59 do dia 30 de Janeiro, Marcelo Rebelo de Sousa escreve que este mecanismo, apoiado “por mais de 90% dos deputados”, serve “um fim muito urgente e preciso: tentar conter e inverter o crescimento acelerado da pandemia, visível, nos últimos dias, em casos, internamentos, cuidados intensivos e, ainda mais, em mortos”.
“Essa contenção e inversão impõe-se e é muito urgente”, afirma Marcelo Rebelo de Sousa, porque se a pandemia chegar com este nível a fevereiro e março “isso significaria multiplicação do número de mortos, situação mais crítica nas estruturas de saúde, maior fragilização do clima de confiança das pessoas e comunidades, agravamento duradouro da crise económica e social”.
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O Presidente da República diz ainda que a renovação do estado de emergência e o confinamento que a acompanha “pretendem criar um travão de reforçada emergência, evitando um alastramento, antes de a vacinação poder constituir um dique imunitário minimamente amplo e eficaz”.
“De novo, todos nós teremos de conjugar ânimos, vontades e resistências para alcançarmos o que alcançámos entre março e maio do ano passado – um suplemento de tempo e de alma num desafio de fim mais próximo, mas ainda indeterminado”, escreve ainda Marcelo Rebelo de Sousa. “Há quase um ano, vencemos esse desafio. Só há mais razões, hoje, para o vencermos, uma vez mais.”