Apesar de a mulher de Gregory Michael o ter assumido, num post que publicou no Facebook e que já foi entretanto partilhado por 62 mil pessoas, não há ainda qualquer evidência de que o marido tenha morrido graças a uma “reação grave à vacina para a Covid-19”.

As autoridades de saúde americanas, bem como a própria farmacêutica Pfizer, responsável pela vacina com que o ginecologista obstetra em Miami Beach foi injetado no passado dia 18 de dezembro, 16 dias antes de morrer, estão ainda a investigar as circunstâncias que conduziram à sua morte.

Gregory Michael, de 56 anos, não tinha qualquer problema de saúde diagnosticado. Morreu com uma hemorragia cerebral, que terá sido provocada por uma trombocitopenia imunitária aguda, condição que terá desenvolvido três dias depois de receber a vacina, revelou a viúva, Heidi Neckelmann, e escreveu o New York Times.

https://www.facebook.com/heidi.neckelmann/posts/10157817790183977

Em comunicado, a Pfizer explicou que está “a investigar ativamente” o caso mas que, para já, não existem evidências de que a morte do médico esteja de alguma forma relacionada com a injeção que recebeu 16 dias antes, no Centro Médico Mount Sinai. “Não acreditamos neste momento que haja qualquer ligação direta com a vacina”, escreveu a farmacêutica no documento enviado ao jornal.

Também ao New York Times, vários especialistas reconheceram a singularidade do caso mas não descartaram a hipótese de uma reação grave à vacina, que está desde dia 27 de dezembro a ser distribuída em Portugal e no resto da União Europeia e que, nos Estados Unidos, em conjunto com a vacina da Moderna, já chegou a pelo menos 9 milhões de pessoas — sendo que até à data só há 29 casos documentados de reações alérgicas, por choque anafilático, nenhum deles fatal.

Encaminhado pelo Departamento de Saúde da Florida para o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças, o caso do médico Gregory Michael está também a ser investigado por este organismo que, questionado pelo New York Times, remeteu mais esclarecimentos para o futuro.

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