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Boletim DGS. Novo máximo de mortes e internamentos na pior segunda-feira da pandemia

Este artigo tem mais de 3 anos

Às segundas-feiras as novas infeções tendem a descer — e foi isso que aconteceu este dia 18 de janeiro, mas de forma muito pouco relevante. Nunca houve tantas mortes num só dia. Nem tantos internados.

Portugal Impacted By Coronavirus
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De acordo com o site Our World in Data, Portugal volta a ser esta terça-feira o país do mundo com mais novos casos de infeção por milhão de habitantes

Corbis via Getty Images

De acordo com o site Our World in Data, Portugal volta a ser esta terça-feira o país do mundo com mais novos casos de infeção por milhão de habitantes

Corbis via Getty Images

Nas últimas 24 horas, revelou o habitual boletim emitido pela Direção-Geral da Saúde, foram registados 6.702 novos casos de infeção pelo novo coronavírus — uma redução relativamente ao número de testes positivos confirmados ao longo da última semana, com os últimos cinco dias a ultrapassarem repetidamente o patamar das 10 mil infeções, mas um aumento considerável tendo em conta o dia da semana, em que são sempre registados valores inferiores, fruto do também menor número de análises realizadas.

Desde o início da pandemia, nunca houve uma segunda-feira com tantos novos casos de infeção em Portugal. De acordo com o site Our World in Data, da Universidade de Oxford, Portugal voltou mais uma vez a ser o país do mundo com uma média maior de novos casos de infeção por milhão de habitantes a sete dias — 1.018,5.

Segundo a mesma fonte, só a Eslovénia tem um número de novas mortes por milhão de habitantes mais elevado do que Portugal. Até à meia-noite desta segunda-feira e a contar desde as 24 horas anteriores, morreram mais 167 pessoas em Portugal com complicações associadas à Covid-19 — um novo máximo da pandemia.

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Desde que o mês de janeiro começou, há 18 dias, já morreram 2.122 pessoas com Covid-19, o que significa que 23,7% de todas as 9.028 mortes inscritas nas contas portuguesas da pandemia nos últimos 10 meses, desde março do ano passado, aconteceram nos primeiros 18 dias do ano 2021.

Desde 8 de janeiro, dia em que pela primeira vez foi quebrada a barreira da centena de óbitos em apenas 24 horas (118), que não há registo de um número de mortes em Portugal com menos de três dígitos.

Morreu uma pessoa entre os 20 e os 29 e outras duas na casa dos 30

De entre os óbitos registados nas últimas 24 horas em todo o país, saltam à vista quatro mortes, de pessoas abaixo dos 50 anos: um homem entre os 20 e os 29 anos, duas mulheres entre os 30 e os 39, e uma outra entre os 40 e os 49, perderam a vida e o combate contra a doença provocada pelo SARS-CoV-2.

A grande maioria dos óbitos registados no último dia verificou-se, ainda assim e como tem vindo a ser habitual, na faixa etária acima dos 80 anos — morreram 126 pessoas no total, 62 homens e 64 mulheres.

Entre os 50 e os 59 anos morreram um homem e duas mulheres; dos 60 aos 69 anos morreram 7 homens e 5 mulheres; e entre os 70 e os 79 17 homens e 5 mulheres perderam a vida.

Pela primeira vez há mais de 5 mil internados, 664 deles em UCI

A pressão sobre os hospitais também continua a aumentar — e mais uma vez a quebrar barreiras numéricas. De acordo com a Direção-Geral da Saúde, nas últimas 24 horas foram mais 276 as pessoas que necessitaram de internamento, 17 delas em unidades de cuidados intensivos.

Neste momento há 5.165 pessoas hospitalizadas em enfermaria com complicações associadas à Covid-19, e 664 pacientes internados em UCI — o máximo desde o início da pandemia.

Apenas durante a semana que passou, foram hospitalizadas mais 1.395 pessoas, 106 delas em UCI, o que está a deixar os hospitais portugueses, já avisou a ministra Marta Temido, à beira do colapso — “Há um limite e nós estamos muito próximos do limite”, foram as palavras exatas da ministra da Saúde, este domingo, dia 17.

Lisboa e Vale do Tejo com 39,4% dos novos casos

A maior parte das novas infeções — 39,4% — registadas nas últimas 24 horas diz respeito à região de Lisboa e Vale do Tejo, que é também aquela cujo sistema hospitalar está sob maior pressão.

A região Norte, com 31,4% das análises positivas registadas, é a segunda mais afetada; logo seguida pela zona Centro, com 18,2%.

Em comparação, as restantes regiões do país têm valores residuais de novas infeções:

  • Alentejo 3,8%
  • Algarve 3,6%
  • Açores 1,5%
  • Madeira 2%

70 das 167 mortes associadas à Covid-19 em Portugal nas últimas 24 horas foram declaradas na região de Lisboa e Vale do Tejo.

A região centro, que este domingo foi a segunda em número de óbitos associados à pandemia, registou 38 mortes e ficou atrás da zona Norte, onde houve 42 mortes no mesmo período de tempo.

No Alentejo morreram mais 14 pessoas e no Algarve outras 3. Nas regiões autónomas não houve qualquer registo de fatalidades nas últimas 24 horas.

Há mais 4.660 recuperados. Casos ativos são 135.886

Também nas últimas 24 horas, as autoridades de saúde registaram mais 4.660 recuperados da Covid-19 — são 411.589 desde o início da pandemia, o que significa que 74% dos infetados já ultrapassaram a doença.

Neste momento, são 135.886 os casos ativos de infeção no país, para um total de 556.503 testes positivos.

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