Em Portugal estão a ser confirmadas 610 novas infeções a cada hora que passa, em média, segundo os dados que a Direção-Geral de Saúde revelou esta quarta-feira. O número de mortos com a doença também subiu, em mais um dia que se pode considerar o pior de sempre nesta pandemia – morreram 219 pessoas, mais uma do que na véspera, com cada vez mais jovens entre as vítimas. O número de casos ativos praticamente duplicou desde a passagem de ano.
Além das 219 vítimas da Covid-19 verificadas nas 24h até à meia-noite desta quarta-feira, houve, também, mais 14.647 novos casos. Tanto um número como o outro, revelados pela Direção-Geral de Saúde (DGS) no seu boletim diário, são os mais elevados desde que começou a pandemia. Na véspera tinham morrido 218 pessoas com Covid-19 e tinham surgido 10.455 novos casos, pelo que o número de novos casos disparou mais de 40% de um dia para o outro.
Este registo de 14.647 novos casos significa que, em média, foram confirmadas 610 infeções por hora em Portugal, 10 por minuto. Quanto aos óbitos, eles estão a acontecer a um ritmo médio de 9 pessoas por hora.
Más notícias também nos números que ilustram a pressão sobre o Serviço Nacional de Saúde. Nos hospitais portugueses estavam internadas, à meia-noite desta quarta-feira, 5.493 pessoas com Covid-19, mais 202 do que na véspera.
Entre estes, havia 681 pessoas em unidades de cuidados intensivos, mais 11 do que no dia anterior.
Também aqui se registam, em ambos os casos, as contagens mais elevadas de sempre. O número de doentes em cuidados intensivos sobe há 7 dias consecutivos e em enfermaria a contagem cresce há 13 dias consecutivos.
Um dos mortos com Covid-19 nas últimas 24h tinha entre 20 e 29 anos, uma faixa etária onde já morreram, até agora, oito pessoas. Houve, também, mais um óbito registado na faixa etária seguinte (30 e 39) e três com entre 40 e 49 anos.
Os restantes óbitos repartem-se entre cinco pessoas que estavam na casa dos 50 anos, 17 com entre 60 e 69 anos e 45 com entre 70 e 79 anos. As outras vítimas mortais tinham mais de 80 anos, segundo a DGS.
O boletim da DGS indica, também, como se repartiram os novos casos pelo país: surgiram 5.593 novos diagnósticos na zona de Lisboa e Vale do Tejo e 5.097 no norte do país. A estes, juntam-se 2.780 novos casos no centro, 603 no Alentejo e 459 no Algarve. Nas regiões autónomas da Madeira houve 72 novos casos e nos Açores mais 43.
No que diz respeito aos óbitos, do total de 219 vítimas mortais, 98 ocorreram na zona de Lisboa e Vale do Tejo. É uma proporção bem maior do que as 55 mortes no norte do país e as 44 no centro. A estes óbitos juntam-se 16 pessoas que morreram no Alentejo, cinco no Algarve e uma na Madeira.
Até ao momento, foi no norte que ocorreu o mais número de mortes, com 3.866 vítimas, seguido por Lisboa e Vale do Tejo, com 3.430 óbitos com Covid-19.
O número de casos ativos, que tinha caído ligeiramente na véspera, voltou a subir e de forma significativa – mais 5,8%. Se aos 14.647 novos casos subtraírmos os 219 óbitos e os 6.493 recuperados, chega-se ao valor de 143.776 casos ativos em Portugal – sensivelmente o dobro dos que havia a 31 de dezembro (72.496).