A polícia belga deteve este domingo cerca de 350 pessoas em vários locais de Bruxelas por estas participarem em manifestações convocadas pelas redes sociais contra as medidas aplicadas na Bélgica para travar a pandemia por covid-19, noticia a EFE.

Segundo adianta a agência noticiosa espanhola, os protestos, em que não se registaram incidentes, ocorreram nas proximidades das três principais estações ferroviárias de Bruxelas, bem como na zona Atomium.

As forças de segurança adotaram fortes medidas de segurança junto aos locais onde sabiam antecipadamente, pelas redes sociais, que os manifestantes iam protestar.

Na entrada da estação central de Bruxelas, verificou-se a maior concentração, na qual, com a ajuda de altifalantes, os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o confinamento e apelaram à “liberdade”, de acordo com o relato da polícia, citado pela EFE.

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Como medida de precaução, a polícia retirou aos manifestantes uma série de objetos que eventualmente poderiam ser usados como projéteis.

Entre os contestatários às medidas de confinamento estavam muitos adeptos dos cinco clubes de futebol do país, da região da Valónia e da Flandres.

Antes das ações terem ocorrido a polícia belga alertara na rede social Twitter os manifestantes que não havia autorização para a realização dos protestos.

A Bélgica, que tem 11,5 milhões de habitantes, já registou mais de 20 mil mortes relacionadas com o coronavírus desde março de 2020.

O país decidiu recentemente proibir viagens “não essenciais” de e para o seu território, até 01 de março.

Os belgas estiveram parcialmente confinados durante três meses, com escolas abertas, mas vários setores de atividade fechados, incluindo as atividades desportivas.

Na vizinha Holanda, vários distúrbios tiveram lugar na semana passada, contra a implementação de um recolher obrigatório, como forma de combater a propagação do SARS-COV-2.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.206.873 mortos resultantes de mais de 102 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.