Portugal terá à disposição 24,2 mil milhões de euros, até 2023, provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do Portugal 2020, mas de acordo com o Expresso, para os obter terá de ultrapassar uma série de dificuldades.

É que, no plano interno, a execução dos fundos comunitários atribuídos em 2014 por Durão Barroso (Portugal 2020) limitou-se aos 14,7 mil milhões de euros (57%), o que significa que o país terá de aplicar ainda 43% deste montante. O país terá assim de aplicar uma média superior a 10 milhões de euros por dia até 2023, nas contas feitas pelo jornal.

De acordo com o semanário, a utilização dos fundos comunitários terá de ser conciliada ainda com os 45 mil milhões de euros do PRR (a “bazuca europeia”) a partir de 2021 e até 2029, incluindo outras verbas europeias como, por exemplo, as da Política Agrícola Comum .

E para acelerar a execução, o ministro do Planeamento, Nelson de Souza, vai convocar, ainda este mês, uma reunião da Comissão Interministerial de Coordenação do Portugal 2020, noticia o Expresso.

Mas para poder usar a  “bazuca”, o governo de António Costa terá outros desafios como o de aprovar o pacote legislativo até abril e passar pelo crivo das instituições europeias, o que se afigura difícil para o eurodeputado do PSD, José Manuel Fernandes, que deixou um aviso à tutela. “Espero que o governo arrepie caminho, oiça as regiões, os beneficiários, os parceiros sociais. Caso contrário obrigará o Parlamento a dar um parecer negativo”, avançou o social-democrata.

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