O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, informou esta quarta-feira que a variante do SARS-CoV-2 detetada no Reino Unido, considerada muito infecciosa, representa atualmente mais de 22% das novas infeções na Alemanha.
Numa conferência de imprensa, o ministro disse que o Instituto Robert Koch (RKI)e os laboratórios analisaram e sequenciaram uma amostra representativa de mais de 23 mil testes PCR positivos e determinaram que a variante do SARS-CoV-2 detetada no Reino Unido representa atualmente “mais de 22%” das novas infeções no país.
Há duas semanas, esta variante representava menos 6% dos novos casos de infeção. A mutação detetada na África do Sul é responsável por 1,5% dos novos casos.
Entretanto, Jens Spahn considerou “promissor” que, apesar de terem triplicado os casos da variante do vírus detetada no Reino Unido, o número de novas infeções continua a cair no país.
Para o ministro, isso mostra que as medidas tomadas para minimizar os contactos “são eficazes e podem marcar a diferença”.
Nesse sentido, sublinhou que é preciso “especial cautela” nos passos para saírem gradativamente da paralisação da vida pública vigente desde novembro – prolongada até 7 de março -, bem como observar diariamente o impacto do levantamento das restrições sobre a dinâmica de contágios.
Por outro lado, Spahn referiu-se à desconfiança em torno da vacina AstraZeneca e a sal eficácia em pessoas de mais idade, reiterando que quando uma vacina é autorizada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) é “segura e eficaz”.
O ministro acrescentou que o Instituto Paul Ehrlich (PEI), com competência federal na área de vacinas e medicamentos biomédicos, está a analisar os efeitos colaterais relatados, tanto na vacina AstraZeneca quanto nas da BioNTech/Pfizer e Moderna, destacando que o panorama é “muito promissor”.
O ministro disse ainda que os efeitos colaterais de uma vacina não são de antemão “um mau sinal”, pois mostram que o sistema imunológico reage.
Até ao momento, os Estados federais alemães receberam 6,8 milhões de doses das três vacinas disponíveis – das quais 4,5 milhões já foram utilizadas – e até a próxima semana esse montante terá subido para 10 milhões, explicou Spahn.
As autoridades de saúde alemãs registaram 7.556 novas infeções pelo novo coronavírus nas últimas 24 horas e 560 mortes.
O número de casos positivos desde o anúncio do primeiro contágio no país, em 27 de janeiro de 2020, é de 2.350.399, dos quais cerca 2.154.600 pacientes já foram considerados curados, e o número de mortes pela Covid-19 chegou aos 66.164.