A Academia Australiana de Ciência está a pedir ao governo do país que invista na produção de vacinas, evitando assim que a Austrália continue “vulnerável face a choques de oferta”, segundo o jornal britânico The Guardian.

Os cientistas consideram que a abordagem da Austrália para o financiamento e organização de pesquisa e desenvolvimento é “insustentável” e que foram expostos “defeitos”, uma vez que “existem lacunas de desenvolvimento” na capacidade de produzir vacinas no país. Sem a capacidade de produzir novas vacinas, a Austrália, bem como a Oceania, “permanecem vulneráveis ​​a choques de abastecimento.”

As vacinas em causa seriam com base em mRNA — uma nova tecnologia em que se baseiam as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna. Para já, o país produz a vacina da AstraZeneca, de tecnologia mais tradicional, e depende essencialmente de importações para poder vacinar a maioria da sua população, de 25 milhões de pessoas.

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O ministro da Saúde, Greg Hunt, já garantiu que o fornecimento da vacina Pfizer é “forte”, depois de uma segunda remessa da Pfizer ter chegado. “Esta semana, chegaram 166 mil doses, na próxima semana serão aproximadamente 120 mil doses”, anunciou o ministro. “Devo dizer que a consistência do fornecimento tem sido forte e encorajadora”.

O governo australiano está a tentar perceber quais é que seriam as melhores instalações no país para produzir grandes quantidades da vacina, adianta ainda o Guardian.

A Austrália completou agora o segundo dia de vacinação, que, para já, decorre em hospitais e residências para idosos e deficientes. Entre os grupos abrangidos, estão ainda funcionários de hotéis que estejam em quarentena.

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