No momento em que grande parte das empresas um pouco por todo o mundo estão em teletrabalho — e há até quem pondere um sistema misto — David Solomon, CEO e presidente da Goldman Sachs, vem dizer que o trabalho a partir de casa é uma “aberração” e mostra-se desejoso de ver os escritórios novamente cheios.

Numa conferência do Credit Suisse, noticiada pela Bloomberg, o banqueiro norte-americano explicou que o teletrabalho “não é o ideal” e “não é o novo normal”. Solomon recusa-se a que assim seja. “É uma aberração que vamos corrigir o mais brevemente possível”, acrescentou.

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Para o presidente da Goldman Sachs estão em causa os trabalhadores da empresas, mas também os jovens, os recém-contratados que, diz, devem aprender nos escritórios. Solomon refere mesmo que tem esperança de que os jovens que costumam chegar no verão à empresa não tenham de iniciar à o trabalho à distância.

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Em 2020, a Goldman Sachs ainda conseguiu manter 25% dos trabalhadores nos escritórios de Nova Iorque, um número semelhante em Londres e quase metade das equipas nos edifícios de alguns países asiáticos, mas os aumentos de casos levaram a uma regressão. Mas é “uma coisa temporária”, crê Solomon.

O CEO tem sido um dos líderes mundiais mais empenhados a pressionar pela chegada de medidas dos governos que permitam travar o teletrabalho e, por outro lado, tem incentivado as empresas a procurarem o apoio do setor privado para acelerar a recuperação da economia.

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