Uma vaga de despedimentos “horrível” e “brutal”. A multinacional financeira Goldman Sachs já tinha anunciado no início da semana que despediria 3.200 funcionários, mas poucos esperavam que tal ocorresse de forma tão impessoal. Esta quarta-feira, vários trabalhadores foram avisados que tinham apenas 30 minutos para abandonar os escritórios da empresa em cidades como Hong Kong, Londres e Nova Iorque.

Como detalha o Financial Times, alguns funcionários tiveram de arrumar os seus bens e as suas secretárias em apenas meia hora, dado que o cartão que possuíam para aceder aos escritórios expirava nesse tempo. Para além disso, vários trabalhadores da empresa não receberam o bónus a que tinham direito pelo seu trabalho em 2022, mas a situação não foi a mesma para todos.

Enquanto os diretores administrativos serão pagos até ao final de janeiro e receberão três meses de licença remunerada, os funcionários que estão há menos tempo na empresa receberão apenas dois meses de indemnização. 

O plano para reduzir despesas, que conta o despedimento de 3.200 pessoas, começou a ser implementado na quarta-feira — o que apanhou de surpresa os gerentes e as equipas de recursos humanos. A Goldman Sachs publicou, nesse mesmo dia, um comunicado em que agradece “a todas as contribuições” dos funcionários que acabaram por ser despedidos, garantindo que está a “fornecer todo o apoio para facilitar as transições”.

“O nosso foco agora é dimensionar a empresa adequadamente para as oportunidades no futuro, num ambiente macroeconómico desafiador”, lê-se no documento citado no Financial Times.

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