Um ensaio russo está a gerar resultados promissores em relação à atuação da vacina Sputnik V nas novas variantes do coronavírus, defenderam este sábado os seus investigadores. O ensaio teve em conta a eficácia da revacinação com a injeção russa perante as novas mutações.

Em janeiro, o presidente Vladimir Putin solicitou que fosse feita uma revisão das vacinas russas, tendo em conta as novas variantes, até 15 de março. Agora, Denis Logunov, vice-diretor do Centro Gamaleya, responsável pelo estudo, assegura que este mostrou que a dupla vacinação com a Sputnik V “está a funcionar muito bem contra as novas variantes”, incluindo a do Reino Unido e a da África do Sul. O Centro Gamaleya é responsável por desenvolver a Sputnik V.

A Reuters lembra que os resultados deste ensaio deverão ser publicados em breve e que esta é a primeira indicação de como os testes estão a decorrer. Não há, até ao momento, mais detalhes sobre a investigação citada.

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Ainda esta sexta-feira era notícia que Sebastian Kurz, chefe de Governo da Áustria, e Vladimir Putin evocaram a possibilidade de a Rússia fornecer a Viena a vacina Sputnik V, um tema discutido entre os dois dirigentes em conversa telefónica. A Lusa lembra que, no início de fevereiro, Kurz admitiu estar aberto à produção na Áustria de vacinas russas e chinesas sob a condição destas terem autorização de comercialização na União Europeia. Por agora, o único país da UE a usar a vacina é a Hungria, que optou por administrá-la antes da decisão da Agência Europeia do Medicamento.

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Entretanto, na Moldávia a tensão política cresce: a agência de medicamentos moldava aprovou, na sexta-feira, a vacina russa Sputnik V contra a Covid-19, muito embora a presidente daquele país, Maia Sandu, tenha garantido aos jornalistas que a Moldávia “vai usar apenas uma vacina” que tenha passado pelo “procedimento de registo da Organização Mundial da Saúde”.

Em novembro do ano passado, Maia Sandu venceu as eleições presidenciais na Moldávia, derrotando o pró-russo Igor Dodon. Sandu negou, assim, as declarações de Igor Dodon, de que a Moldávia se tinha tornado no 38.º país a registar aquela vacina.