João Manso Neto será o próximo presidente executivo da empresa energética de energias Bioelétrica, do grupo Altri, avança o Expresso. O antigo gestor da EDP tinha um acordo de não concorrência, que cancelou para poder desempenhar este novo cargo, que lhe valia 560 mil euros anuais até 2023.

De acordo com o mesmo jornal, Manso Neto poderá mesmo ser já apresentado como o novo líder da Bioelétrica na apresentação dos resultados anuais de 2020 da Altri, que decorrerá na quinta-feira. Em julho de 2020, por ordem do juiz Carlos Alexandre, o gestor foi suspenso das funções que tinha na EDP, juntamente com António Mexia, no âmbito de um processo do Ministério Público que investiga suspeitas de corrupção entre Manuel Pinho, ex-ministro da Economia do governo de José Sócrates, e a EDP.

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Este ano, o antigo gestor viu já esta medida de coação caducada por excesso de tempo. Contudo, ainda em 2020, a EDP havia optado por fechar a possibilidade de um qualquer regresso de Mexia e Manso Neto, tendo optado por fazer um acordo de não concorrência com os antigos gestores. Assim, e passado quase duas décadas a trabalhar na EDP, tendo sido presidente executivo da EDP Renováveis, Manso Neto vai para a concorrência para continuar a trabalhar na área da energia.

O mesmo jornal refere que “dificilmente” João Manso Neto vai ter uma remuneração tão apelativa como a que recebia da EDP. Contudo, na Bioelétrica vai continuar a trabalhar em fontes de energias alternativa. Esta empresa do Grupo Altri está focada na produção de eletricidade de biomassa florestal, produzindo, no total, apenas 1,1% do volume de eletricidade que a EDP produz anualmente.

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