Rui Rio apostou tudo na candidatura de Carlos Moedas à Câmara Municipal de Lisboa, mas as sondagens de âmbito nacional ainda não refletem nos sociais-democratas o trunfo que o PSD lançou para cima da mesa. Já o PS parece inatingível com os efeitos da crise provocada pela pandemia da Covid-19 e pode, na sondagem mais recente, beneficiar da melhoria da situação pandémica no país, ainda que para isso tenha sido necessário voltar a confinar milhões de portugueses, encerrar negócios e escolas. A sondagem, da Intercampus para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã foi realizada entre 4 e 10 de março, um dia antes de António Costa anunciar o plano de desconfinamento e quando ainda se especulava sobre a reabertura ou não de alguns graus de ensino.
Ainda que o PS mantenha as 37,6% de intenções de voto que tinha na sondagem de fevereiro, o PSD perde mais de um ponto percentual e está agora a 14 p.p. de António Costa. São 23,6% os eleitores que admitem votar em Rio. Na direita, IL e CDS também caem ligeiramente, com o Iniciativa Liberal a ter agora 5,3% (tinha 5,6%) e o CDS 2,3% (tinha 2,7%) das intenções de voto.
Sondagem. Chega perde quase dois pontos num mês, liberais ganham outro tanto
Chega recupera a queda de fevereiro, mas ainda ligeiramente atrás das intenções dos eleitores ouvidos em janeiro. A corrida às presidenciais parece ter deixado marcas no partido de André Ventura que ainda não conseguiu chegar aos 9,1% que a sondagem do início do ano — antes da corrida eleitoral — lhe dava. Depois de uma queda para os 7,3% em fevereiro, sobe agora até aos 9%.
Em termos de popularidade entre os líderes partidários, André Ventura continua a ser o que tem pior nota, não chegando sequer ao 2 (entre 1 e 5). Com 1,9 de avaliação na sondagem, está ainda assim 0,5 valores abaixo de Francisco Rodrigues dos Santos o segundo pior na avaliação dada. Com nota a máxima a ficar para António Costa (3,3 março vs 3,1 fevereiro), André Silva que anunciou no domingo a saída da bancada do PAN e da liderança do partido via a popularidade subir ligeiramente na sondagem deste mês (dos 2,6 para os 2,7), ainda que as intenções de voto no partido continuem em queda e sejam agora 0,6 pontos percentuais abaixo da sondagem de fevereiro, colocando o Pessoas-Animais-Natureza abaixo dos 3% (2,5%).
Na esquerda, a CDU cai para os 5,5% (tinha 5,8% em fevereiro) e o Bloco de Esquerda consolida a votação acima dos 8%, com 8,3%, ainda assim abaixo por exemplo do Chega de André Ventura que regressa como terceira força política.