A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, confirmou esta quinta-feira que deixa a direção do partido União Nacional (RN, na sigla em francês) depois do verão, tendo em vista a sua candidatura às eleições presidenciais de França, em 2022.
“No próximo congresso, não, porque é um congresso que vai legitimar o candidato às eleições presidenciais e, portanto, tenho primeiro de ser reeleita, mas depois, sim, porque é necessário que eu não seja apenas a candidata da RN”, afirmou a líder do partido, em entrevista ao jornal francês L’Incorrect, próximo da sua sobrinha Marion Maréchal. “Com uma possibilidade de vitória [nas eleições presidenciais], que nunca foi tão importante como agora, tenho de ser a candidata de todos aqueles que querem liderar a luta nacional”, defendeu.
A líder da extrema-direita francesa disse, em fevereiro, que “estava a considerar” desistir da direção do seu partido para ser a “candidata [presidencial] de todos os franceses” embora “obviamente apoiada” pelo movimento que lidera. Segundo o número dois do partido, Jordan Bardella, favorito à sucessão na liderança, a saída de Marine Le Pen deverá acontecer “provavelmente depois do verão”.
A RN vai realizar o seu 17.º congresso no início de julho, estando previsto que valide sem contestação a candidatura de Marine Le Pen às eleições presidenciais.
A líder, que foi eleita presidente da União Nacional em janeiro de 2011, em substituição do seu pai, Jean-Marie Le Pen, já se tinha “despedido” da direção do partido antes da segunda volta das presidenciais de 2017.