A presidência portuguesa da UE alcançou esta quinta-feira um acordo para uma “distribuição solidária” dos 10 milhões de doses da vacina da BioNTech-Pfizer antecipados para o segundo trimestre, que reserva perto de 3 milhões para os Estados-membros mais necessitados.
Contudo, este compromisso em torno da proposta colocada sobre a mesa pela presidência portuguesa do Conselho da União Europeia para apoiar cinco Estados-membros com maior carência de vacinas, alcançado ao fim de dois dias intensos de negociações entre os embaixadores dos 27 em Bruxelas, não foi subscrito por todos, com Áustria, República Checa e Eslovénia a ficarem de fora deste mecanismo de solidariedade.
Estes três países, que reclamavam mais vacinas para si, ainda que os dados demonstrem que não se encontram entre os mais carenciados, recusaram-se a prescindir das doses que lhes cabem seguindo a chave de repartição que tem vindo a ser utilizada — em função da população —, e não participam por isso na distribuição solidária acordada por todos os restantes, com vista a ajudar Bulgária, Estónia, Letónia, Eslováquia e Croácia, os cinco Estados-membros efetivamente mais carenciados a nível de vacinas.