Quase 60 utentes sem sintomas de Covid-19 comunicaram ao serviço SNS 24, no espaço de uma semana,  o resultado de autoteste positivo, segundo dados dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) avançados esta sexta-feira à agência Lusa. Os testes rápidos de antigénio começaram a chegar às farmácias e parafarmácias no dia 2 de abril, permitindo à população fazer o autoteste à Covid-19, na sequência de um regime excecional aprovado pelo Governo.

Até agora, o SNS 24 registou 59 contactos de utentes assintomáticos que comunicaram resultado de autoteste positivo” ao vírus SARS-CoV-2, que provoca a doença Covid-19.

Quando os utentes transmitem resultado inconclusivo ou positivo, é emitida automaticamente uma requisição de teste laboratorial Covid-19 (RT-PCR), adiantam os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde. Na quinta-feira, a Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) autorizou a comercialização do segundo autoteste, do fabricante “Genrui Biotech Inc”, que vem juntar-se ao do fabricante “SD Biosensor, Inc” que já é vendido nas farmácias e parafarmácias.

Até 30 março, o Infarmed recebeu 32 pedidos para autorização de autotestes do novo coronavírus de 21 fabricantes, mas até à data apenas foram autorizados estes dois por terem preenchido todos os critérios.

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O regime excecional criado por portaria visa “intensificar os rastreios laboratoriais regulares para deteção precoce de casos de infeção como meio de controlo das cadeias de transmissão, designadamente no contexto da reabertura gradual e sustentada de determinados setores de atividade, estabelecimentos e serviços”.

O prazo máximo do regime excecional é de seis meses, mas pode ser prorrogado por decisão da autoridade do medicamento, o Infarmed, a pedido do fabricante, desde que devidamente comprovada a submissão de pedido de avaliação de conformidade junto de um organismo notificado. Esta estratégia de testagem foi também adotada por outros países, nomeadamente pela Áustria e pela Alemanha.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.903.907 mortos no mundo, resultantes de mais de 133,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 16.904 pessoas dos 826.327 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.