A história parece digna de um enredo cinematográfico com contornos de tragicomédia. Uma mulher, que alegou ser amiga próxima do duque de Iorque, conseguiu passar a equipa de segurança e aceder à residência oficial do filho da monarca. A situação improvável, que aconteceu apenas dois dias após o funeral do duque de Edimburgo, levanta sérias questões de segurança e a família real não ganhou para o susto.

Segundo a imprensa britânica, a mulher, que se acredita ser de nacionalidade espanhola e ter 44 anos, conseguiu ultrapassar os portões do palácio Royal Lodge, localizado no Grande Parque de Windsor, na manhã de segunda-feira, alegando ter um almoço marcado com o príncipe André. Terá sido a figura cuidada da intrusa, aparentemente muito bem vestida, que levou ao engano dos seguranças, tanto que a mulher até conseguiu que um dos guardas privados lhe pagasse o táxi que a levara até ali.

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Segundo o The Sun, a mulher anónima terá chegado ao Reino Unido, vinda de Espanha, no último sábado, aquando do funeral do príncipe Filipe. Por essa altura, a segurança no Castelo de Windsor, onde decorreu o último adeus ao duque de Edimburgo, e áreas envolventes estava em alerta máximo, no entanto, 48h após a cerimónia vista por 13 milhões de britânicos, uma mulher não identificada conseguiu ter acesso à residência oficial de André alegando ser uma amiga próxima do duque.

“Aparentemente, ela estava muito bem vestida, com calças de fato, uma blusa amarela e um casaco em tom pêssego, e estava com o cabelo penteado e totalmente maquilhada”, disse uma fonte não identificada ao jornal já citado. “Ela tinha uma figura bastante glamorosa e os guardas foram completamente enganados por ela.” Após passar cerca de 20 minutos a percorrer os jardins da propriedade, a mulher acedeu à casa principal, onde foi questionada pelo staff sobre quem era e o que estava ali a fazer. Para choque dos funcionários, a intrusa respondeu que era noiva de André e que estava ali para casar com ele. Disse ainda que vivia naquela morada com André e apresentou-se com o nome Irene Windsor.

Depois de chamada a segurança e a polícia, a mulher foi revistada no local: na mala, as autoridades encontraram um mapa do Royal Lodge, mas também de outras residências reais, incluindo o Palácio de Buckingham. Em sua posse estava ainda um chaveiro na forma de um gato, com pontas afiadas e que podia ser usado em autodefesa. “Aparentemente, essa potencial arma causou alguma preocupação à polícia”, continuou a fonte não identificada. A situação está agora a ser tratada como uma grande “quebra de segurança”.

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Um porta-voz da Thames Valley Police confirmou entretanto que uma mulher de 44 anos foi primeiro detida e depois internada sob a Lei de Saúde Mental de 1984. A situação faz ainda levantar questões sobre a decisão de reduzir a proteção policial de André desde que este deixou de exercer funções públicas na sequência do escândalo em torno de Jeffrey Epstein.

Fontes garantem que André estava em casa na altura do incidente, ainda que não seja claro se ele estava ou não ciente do que se estava passar — o príncipe e a ex-mulher, Sarah Ferguson, vivem no Royal Lodge desde 2004.