Boris Johnson está a ser investigado por uma eventual violação do código de conduta dos deputados relacionada com as suas férias de final de ano de 2019. Segundo o The Guardan, existem dúvidas sobre quem terá pagado a viagem do primeiro-ministro britânico e da sua noiva, Carrie Symonds, à ilha de Mustique, nas Caraíbas.

De acordo com o Daily Mail, Johnson passou dez dias (entre 26 de dezembro e 5 de janeiro de 2019) num hotel de luxo, umas férias no valor de 15 mil libras. Estas terão sido pagas por David Ross, apoiante do partido conservador britânico e fundador e ex-vice-presidente da rede de lojas de telemóveis Carphone Warehouse. Ross tem várias propriedades em Mustique.

Questionado pelo Daily Mail sobre as férias do primeiro-ministro nas Caraíbas, um porta-voz de Ross negou que o empresário tivesse pagado a estadia de Johnson e Symonds ou que fosse dono do hotel onde o casal passou a Passagem de Ano. Segundo o representante, David Ross tinha apenas “facilitado” a viagem.

Downing Street garantiu na altura que o primeiro-ministro agiu de forma transparente e que a viagem foi declarada de forma correta. Contudo, dúvidas em relação à “generosidade” de Ross levantadas pelas declarações ao Daily Mail levaram o Partido Trabalhista a pedir um inquérito, que foi aceite pela comissária para os padrões parlamentares.

Kathryn Stone confirmou esta segunda-feira de manhã que estava a investigar o caso, salientando que “os membros [do Parlamento britânico] devem cumprir de forma conscienciosa os requisitos em relação ao registo de interesses”.

A confirmação desta investigação surge numa altura em que Johnson está sob investigação por uma outra declaração de gastos, relacionados com obras feitas no apartamento em Downing Street.

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