A direção do Grupo Parlamentar do PS manifestou esta sexta-feira veemente repúdio por uma notícia da agência Lusa, entretanto corrigida, na qual se identificava a deputada socialista Romualda Fernandes de forma “absolutamente inqualificável”.

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A nota assinada pela líder parlamentar socialista, Ana Catarina Mendes, “exige um pedido público de desculpas à Deputada Romualda Fernandes, quer da parte dos autores do texto, quer da parte dos órgãos que o reproduziram publicamente”, salienta-se ainda na mesma nota.

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Tanto o Observador quanto o Expresso, dois dos órgãos de comunicação social que publicaram integralmente a notícia em causa, pediram, ainda na quinta-feira, — e antes da nota do PS –, desculpa aos leitores e à deputada pelo sucedido. A Lusa também o fez, já depois da reação do PS. Entretanto, já esta manhã, o editor de Política da Lusa, que editou a peça, pediu a demissão do cargo. E, segundo confirmou o Observador, foi aceite.

Em comunicado a Direção de Informação da Lusa confirmou entretanto que o editor de Política, José Pedro Santos, pediu a demissão do cargo, que foi aceite. E que “tendo em vista o dano moral e reputacional provocado na imagem da agência”, instaurou um processo de averiguações ao jornalista Hugo Godinho, a fim de apurar as circunstâncias em que a notícia foi elaborada.

A direção do Grupo Parlamentar do PS acrescenta que “importa, em todas as circunstâncias, que o jornalismo saiba respeitar as suas próprias responsabilidades na preservação dos valores da democracia e dos direitos humanos”.

A Comissão de Trabalhadores veio esta sexta-feira “condenar profundamente o ato de discriminação e a sucessão de erros que culminou numa identificação indigna e inaceitável da deputada Romualda Fernandes, numa notícia da Lusa, que atenta contra todos os valores defendidos pela agência e seus trabalhadores”.

“Este episódio é o oposto do trabalho, rigor, isenção, identidade e valores da agência em Portugal, nos países lusófonos e no resto do mundo”, lê-se.

“Mais do que regras jornalísticas, este episódio viola a dignidade humana. A CT pede uma expedita averiguação, responsabilização e explicação do processo, de forma transparente, que mostre que a Lusa não tolera qualquer tipo de discriminação”, acrescenta.