O Gabinete de Segurança do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, aprovou o cessar-fogo unilateral que interrompe a intervenção militar que estava a decorrer na Faixa de Gaza há 11 dias, de acordo com órgãos de comunicação social locais.
O anúncio do cessar-fogo era esperado, uma vez que Telavive e o Hamas já tinham anunciado a intenção de chegar a este acordo, apesar dos bombardeamentos na Faixa de Gaza que continuaram durante esta quinta-feira e que motivaram uma resposta, novamente, com recurso a foguetes a partir do território palestiniano.A decisão unilateral de Israel também surgiu depois do aumento da pressão feita por Washington neste sentido.
O gabinete de segurança israelita esteve reunido para discutir o possível cessar-fogo, após 11 dias de confrontos armados entre Israel e o movimento islâmico palestiniano Hamas na Faixa de Gaza. A reunião, que contou com a presença do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e os principais funcionários de segurança do país, ocorre no momento em que intensas negociações diplomáticas procuraram pôr fim às hostilidades entre o Hamas e Israel, que já provocaram mais de 230 mortos, incluindo várias dezenas de crianças, a maioria dos quais palestinianos.
A expectativa em Washington era que, salvo algum imprevisto, o cessar-fogo pudesse surgir ainda esta semana. Joe Biden, o Presidente dos EUA, teria indicado a Netanyahu, que tinha a expectativa de que exista uma “significativa redução” das iniciativas militares, a caminho de um cessar-fogo” – um repto acompanhado, também, por França, que fez circular um resolução no conselho de segurança da ONU para tentar acabar com a violência.
Já esta quinta-feira, o primeiro-ministro israelita tinha acusado o Irão de ter aproveitado os conflitos israelo-palestinianos para lançar um drone armado sobre Israel vindo do Iraque ou da Síria, noticiou The Jerusalem Post. O drone terá sido destruído na terça-feira na fronteira entre Israel e a Jordânia, disse Netanyahu ao ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, que se encontra em Jerusalém. “Acho que diz tudo sobre quem é o verdadeiro patrono do terror no Médio Oriente e no mundo: o Irão”, disse Netanyahu, acusando o Irão de apoiar o Hamas.